A palavra “inferno” não é bíblica. Ela apareceu pela
primeira vez na Bíblia, em 384 d.C., quando Jerônimo traduz os termos “sheol” palavra hebraica e “hades” palavra grega que é sinônimo de “sepultura” por “infernus”, na famosa Vulgata
Latina. Infernus quer dizer apenas “lugar
inferior”.
Mas foi o poeta Dante
Alighieri
(1265-1321) em seu poema “A Divina Comédia” que definiu nossas visões modernas
do inferno. A obra é um poema narrativo rigorosamente simétrico e planejado que
narra uma odisséia pelo inferno, purgatório e paraíso, descrevendo cada etapa da
viagem com detalhes quase visuais. Dante, o personagem da história, é
guiado pelo inferno e purgatório pelo poeta Virgílio, e no céu por Beatriz, musa em várias de suas obras.
De acordo com Dan
Brown: A
igreja católica tem muito a agradecer a Dante... O Inferno redefiniu a
percepção medieval da danação. Antes dele, a idéia do mundo inferior nunca
havia fascinado as massas de forma tão arrebatadora. Da noite para o dia, a
obra de Dante cristalizou esse conceito abstrato de uma visão nítida e
aterrorizante – visceral, palpável, inesquecível. Como era de esperar, após a
publicação do poema, houve um enorme aumento no número de fiéis da Igreja
Católica...
Dan
Brown, o autor de O
Código Da Vinci,
lançou seu novo romance, Inferno, cujo nome e tema são
emprestados da obra A Divina Comédia, de Dante
Alighieri.
O novo livro traz uma nova
aventura do simbologista de Harvard, Robert Langdon, que também aparece em O
Código Da Vinci e
outros livros do autor.
A história começa com o professor
Langdon
acordando em um hospital na Itália sem lembrar como foi parar ali. Seguido por
um assassino, ele dá a início a uma jornada por diversas cidades italianas,
começando por Florença, para tentar decifrar códigos que fazem referência a
passagens da clássica obra de Dante.
Enquanto que nos outros livros Dan
Brown faz o leitor
mergulhar no mundo das artes e apreciar a narrativa por esses fatores, Inferno mostra seu lado cientifico e
social. O problema da superpopulação apresentado no livro faz com que seja
impossível não pararmos para refletir sobre a atual situação que o planeta se
encontra. O final do livro vai surpreender de forma magnífica o leitor.
Ao contrário de O
Código Da Vinci
e Anjos e Demônios, Inferno trás apenas uma crítica a igreja
católica. Acho que muitos leitores esperavam ver mais criticas e revelações
sobre a religião, mas Brown se conteve e fez um singelo
comentário, que
talvez vá incomodar os mais conservadores, mas já está na hora de essas pessoas
terem a mente mais aberta para as questões anticonceptivas.
Vale à pena ler mais este livro
de Dan Brown. Eu já li e recomendo.