A morte não é o fim; é o inicio
da decomposição
A morte não é o
fim; é o inicio da decomposição. Este é um pensamento genuinamente hebreu do
primeiro Templo. Naquele período o conceito da vida após a morte era uma existência
sombria e escura chamada sheol. Quando
uma pessoa morria, era o fim.
No período do
segundo Templo, o sincretismo religioso com os povos babilônicos e
especialmente os persas os conceitos céu e inferno, anjos e demônios e a
imortalidade da alma passou a fazer parte do pensamento dos povos israelitas.
No cristianismo,
de uma maneira geral (católicos, protestantes e evangélicos) a doutrina da imortalidade da
alma ganhou força com o pensamento grego. Alma: a parte espiritual do homem que
se julga continuar viva após a morte recebe um tratamento todo especial por
parte dos ensinamentos de Platão. A doutrina de que a alma humana é imortal e
continua a existir após a morte do homem é um dos fundamentos da teologia cristã.
Talvez o
surpreenda saber, pois, que essa crença fundamental deriva-se da filosofia pagã.
J. Carlos Ribeiro
Formação teologia e historiador das
religiões judaico-cristãs e suas escrituras.