Montanhas de Badakhshan, Afeganistão |
Uma explosão rasga o silêncio das
montanhas de Badakhshan, uma província árida do noroeste do Afeganistão. Depois
mais uma, até completar sete deflagrações, cada seguida da outra por um eco
ensurdecedor que faz o visitante acreditar que está no meio de um combate sem
trégua.
Mas aqui, nenhuma batalha, apenas
a luta dos homens para encontrar o seu ganha pão de cada dia.
A pedra azul profundo é
encontrada aqui nas falésias do Afeganistão, escondida entre as veias de
mármore.
Por mais de 6.500 anos, a busca
trabalhosa por uma pedra semipreciosa, o lápis-lazúli, nunca parou. Entre
dinamite, suor, luxo e guerras, a história do lápis-lazúli através dos tempos
contou com a intromissão de grandes figuras da história. Dos sumérios até o comandante
Massoud, através de Michelangelo e Marie Antoinette todos têm em comum: a
procura do precioso azul escuro.
Lápis-lazúli,
conhecido também como lápis azul, é uma rocha metamórfica de cor azul utilizada como gema ou como rocha ornamental desde antes de 7.000 a .C. em Mehrgarh, na Índia, situada nos dias de hoje
no Paquistão. A sua cor, azul-escura e
opaca, fez com que esta gema fosse altamente apreciada pelos faraós egípcios, como pode ser visto por
seu uso proeminente em muitos dos tesouros recuperados dos túmulos faraônicos.
É ainda extremamente popular hoje. Do latim, a palavra significa “pedra azul.”
No antigo Egito, o lápis-lazúli era
a pedra favorita para amuletos e ornamentos; foi usado também pelos assírios e pelos babilônicos nos selos cilíndricos (locais onde se
gravavam pinturas contando a história do povo). As escavações egípcias que
datam de 3000 a .C.
continham milhares de artigos como jóias, muitos feitos de lápis. Os lápis
pulverizados foram usadas por senhoras egípcias como uma sombra cosmética para
o olho.
Como inscrito no capítulo 140 do Livro dos Mortos egípcio, o lápis-lazúli, na forma de
um olho ajustado no ouro, foi considerado um amuleto de grande poder. No último
dia do mês, oferecia-se este olho simbólico, porque se acreditava que, nesse
dia, um ser supremo colocou tal imagem em sua cabeça. Os antigos túmulos reais sumérios de Ur, situados perto do rio Eufrates no baixo Iraque, continham
mais de 6.000 estatuetas belamente executadas, de lápis-lazúli, de pássaros,
cervos e roedores, bem como pratos, grânulos e selos de cilindro. Estes
artefatos vieram indubitavelmente do material minerado em Badakhshan no norte
do Afeganistão.
Segundo os esotéricos, esta pedra está
associada ao poder!!! O lápis-lazúli tem o poder da clarividência e
da intuição e, geralmente é usada em meditações, pois
serve como purificador mental e espiritual. Além do que, o lápis-lazúli ajuda
as pessoas a desenvolverem a estabilidade e o poder da mente que
possibilitara a atuação da força espiritual delas… O Lápis-lazúli atrai a
mente para o interior à procura de sua própria fonte de poder.
No Egito antigo esta pedra era conhecida
como a cor dos deuses e venerada como uma mensageira do céu. Os egípcios
acreditavam que ao meditar sobre essa cor de pedra (azul), podiam tocar a
barra do manto infinito de Deus.
Minha coleção de pedras Lápis-lazúli |
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