“Muitos fizeram comércio de ilusões e
falsos milagres, enganando os ignorantes”
Leonardo Da Vinci
A Bíblia foi criada pelo
homem como um relato histórico de uma época conturbada, e ela se desenvolveram através
de incontáveis traduções, acréscimos e revisões. Portanto, o que se encontra na
Bíblia não são palavras sagradas e sim um monte de regras de valores éticos
para tentar colocar ordem em
Roma. A história nunca teve uma versão definitiva do livro. É
como se a Bíblia fosse um livro mitológico repleto de lições de moral por trás
das diversas histórias encontradas nela. Porém a maioria dos fiéis toma a
Bíblia como verdade e acreditam nas histórias absurdas contidas no livro. A
verdade por trás da Bíblia, poucos sabem. E este era o objetivo da Igreja
Católica. Esconder a verdade dos fiéis.
Antigo manuscrito grego do Novo Testamento |
Jesus foi uma figura
histórica de uma influencia incrível, talvez o mais enigmático e inspirador
líder que o mundo jamais teve. Interessante dizer que sua vida foi registrada
por milhares de seguidores em toda a região. Foram estudados mais de 80
evangelhos para compor o Novo Testamento, e, no entanto apenas alguns foram
escolhidos: Mateus, Marcos, Lucas e João.
Pode-se dizer que o
responsável pela criação da Bíblia foi o imperador romano, Constantino, o
Grande. Constantino foi pagão a vida inteira, batizado apenas na hora da morte.
Vale lembrar que na época de Constantino, a religião oficial de Roma era o
culto de adoração ao Sol – o culto do Sol Invictus, ou do Sol Invencível -, e o
imperador supramencionado era o sumo sacerdote.
Jesus em referência ao deus sol |
Entretanto, Roma estava
passando por um momento crítico em relação à religião. Nessa época estava
ocorrendo uma revolução religiosa. Trezentos anos após o tempo de Jesus, seus
seguidores haviam se multiplicado, resultando em uma luta entre cristãos e
pagãos. O conflito chegou ao ponto de dividir Roma ao meio, levando Constantino
a tomar uma atitude. O imperador, em 325 d.C. resolveu unificar Roma sob uma
única religião: o cristianismo. Constantino utilizou várias estratégias para
converter os pagãos adoradores do Sol em cristãos: fundindo símbolos, datas,
rituais pagãos com tradição cristã em ascensão, ele gerou uma espécie de
religião híbrida aceitável para ambas as partes. Ou seja, sincretismo.
Imperador Constantino o Grande |
Os vestígios da religião
pagã na simbologia cristã são inegáveis. Os discos solares egípcios tornaram-se
as auréolas dos santos católicos. Os pictogramas de Ísis dando o seio a seu
filho Hórus milagrosamente concebido tornaram-se a base para nossas modernas
imagens de Virgem Maria com o Menino Jesus no colo. E praticamente todos os
elementos do ritual católico – a mitra, o altar, a doxologia e a comunhão, o
ato de “comer Deus”, por assim dizer – foram diretamente copiados de religiões
pagãs místicas mais antigas.
Pode-se, portanto, concluir que nada é original no cristianismo,
não existindo nem sequer um simbologista especializado em símbolos cristãos.
O Deus pré-cristão Mitra – chamado o Filho
de Deus e a Luz do Mundo– nasceu no dia 25 de dezembro. Até mesmo o
dia santo semanal dos cristãos foi roubado dos pagãos. Originalmente a
cristandade celebrava o sabá judeu no sábado, mas Constantino mudou isso de
modo que a celebração coincidisse com o dia em que os pagãos veneram o Sol. Até
hoje, a maioria dos cristãos guardam o domingo sem fazer a menor idéia de que o
domingo é um tributo semanal ao deus Sol, e por isso em inglês o domingo é
chamado de Sunday, “dia do Sol” (Brown – 2004).
Poderoso símbolo do Mitraísmo (British Museum, London) |
Para cristalizar a nova tradição
cristã, Constantino criou o Concílio de Nicéia, que consistia em uma reunião
ecumênica. Durante essa reunião muitos aspectos foram debatidos e receberam
votação, como a data da Páscoa, o papel dos bispos e a administração dos
sacramentos, “além, naturalmente, dadivindade de Jesus”.
Para conseguir unificar novamente o Império Romano e para lançar
as bases do novo poderio do Vaticano, bastava declarar Jesus, o homem que todos
veneravam, como um homem de origem divina. Deste modo, todos seguiriam suas
palavras, até das mais absurdas, elaboradas por Constantino e o Concílio.
Concilio de Niséia ano 325 d.C. |
Constantino, ao declarar
oficialmente Jesus como “Filho de Deus”, transformou-o em uma divindade
utópica, que existia além do alcance do mundo humano, cujo poder era
incontestável. Ninguém poderia questionar suas palavras divinas, apenas
obedecê-las. Cegos pela ignorância, os romanos passaram a seguir fielmente as
palavras de Jesus elaboradas pelo Imperador e seu Concílio.
Isso não só evitava mais contestações
pagãs à cristandade, como os seguidores de Jesus só poderiam se redimir através do canal
sagrado estabelecido – a Igreja Católica Romana. Tudo não passou de uma disputa
de poder. Cristo, como Messias, era fundamental para o funcionamento da Igreja
e do Estado. Muitos estudiosos alegam que a Igreja Católica Romana literalmente roubou Jesus de seus seguidores originais,
sufocando sua mensagem humana ao envolvê-la em um manto impenetrável de
divindade e usando-a para expandir seu próprio poder (Brown - 2004).
Constantino aproveitou que todos respeitavam e veneram Cristo, e o
usou para conseguir colocar ordem em Roma novamente. Para conseguir manter seu
poder, utilizou como base algumas palavras de Jesus e construiu a Bíblia,
resultando em um livro onde se encontra o que seria o certo e o errado segundo
a ótica do Imperador. Pode-se dizer que “Constantino moldou a face da
cristandade como a conhecemos hoje em dia”, diz Brown (2004).
Porém há milhares de
documentos contendo crônicas da vida de Jesus como um homem mortal, pois Constantino o nomeou
como divindade quase quatro séculos após o tempo de Jesus. A Bíblia feita por
Constantino “omitia os evangelhos que falavam do aspecto humano de Cristo e enfatizada aqueles que o
tratavam como divino. Os evangelhos anteriores foram considerados heréticos,
reunidos e queimados”, aponta Brown (2004).
Convém dizer que a pessoa
era considerada herege ao escolher os evangelhos proibidos ao invés da Bíblia
Constantino. Neste momento da história surgiu, portanto, a palavra herege.
Como diz Brown (2004): “A palavra latina hereticus significa “escolha”. Aqueles
que “escolheram” a história original de Cristo foram os primeiros hereges do mundo.”
Entretanto, para a
felicidade de alguns historiadores, conseguiu-se preservar alguns evangelhos
que Constantino tentou extinguir. Em 1945 foram encontrados manuscritos coptas em Nag Hammadi , Egito.
Também foram encontrados no deserto da Judéia na década de 50 os Manuscritos do
Mar Morto em uma caverna perto do Qumran.
Além de contarem a verdadeira história do Graal, esses documentos
falam do mistério de Cristo em termos muito humanos. Naturalmente, o Vaticano,
mantendo sua tradição de enganar os fiéis, tentou com todas as forças evitar
que esses manuscritos fossem divulgados. E por quê? Acontece que os manuscritos
apontam certas discrepâncias e invencionices históricas, confirmando claramente
que a Bíblia moderna foi compilada e revisada por homens com um objetivo
político – promover a divindade do homem Jesus Cristo e usar Sua influência
para solidificar a própria base de poder desses mesmos homens (Brown – 2004).
Pode-se dizer que o Clero dos dias atuais acredita que esses
documentos que contradizem a divindade de Jesus são um falso testemunho. Para
ele, a Bíblia de Constantino sendo foi verdadeira. “Não há ninguém mais
doutrinado do que o próprio doutrinador” (Brown - 2004).
E sim, resgatem os
segredos escondidos nas entrelinhas da história da humanidade! – afirmo.
Pode-se concluir que o cristianismo é a
religião que teve a criação mais impura e falsa de todos os tempos. Sua criação
não passou de uma estratégia para obter poder. Porém, vale lembrar-se dos
verdadeiros atos e as verdadeiras palavras de Jesus; o que este homem quis nos
passar é o importa. É importante enxergar além daquilo que está ao nosso
alcance. Às vezes, as belas verdades estão no mais fundo esconderijo, e poucos
conseguem vê-la. Pessoas, em sua maioria, dominadas pela preguiça e cegas pelo
padrão que lhe é imposto, raramente conseguem despertar uma vontade de buscar o
que realmente aconteceu e adotar uma nova ótica. O comodismo domina os humanos
de tal forma, que a vida que levam rodeadas de mentiras, é bela mesmo assim.
Mas nada como ver além do horizonte coberto de invencionices!
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