Muitas pessoas pensam que Moisés foi o primeiro promotor original do Único Deus Verdadeiro.
Busto de Akhenaton |
Os egípcios eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses,
alguns representados por cabeças de animais. Cada cidade tinha seus deuses
particulares e, quando se tornava capital do Império, esses deuses passavam a
ser adorados em todo o Egito. Com Akhenaton,
porém, tudo mudou. Para ele, existia somente um deus, o disco solar. O Athon.
Akhenaton
insistia em um deus supremo, um criador onipotente que se manifestava à luz do
Sol. Na verdade, esse pensamento de endeusamento havia
começado com seu pai, Amenofis III, que reinou por 37 anos numa era de
esplendor. Usou ele a riqueza do império para construir um conjunto de
monumentos sem precedentes em Karnack e Luxor, centros religiosos do deus Amon,
o patrono de Tebas. Depois que essa cidade recuperou o controle do Egito, por
volta de 1520 a .C.,
Amon tornou-se cada vez mais venerado. Seu nome significa “oculto” e, no seu
templo em Karnack, sacerdotes cultuavam sua estátua. Amon logo se fundiu ao
antigo deus-sol Rá, tornando-se Amon-Rá. Em seu reinado, Amenófis III, já
havia determinado que ele não só era o filho de Amon, mas também a encarnação
de Rá. Começou então a erigir monumentos à sua própria divindade, incluindo um
vasto templo funerário, que contemplava Tebas da margem oposta do Nilo. Espelhando-se
em seu pai, Akhenaton revolucionou a religião antiga. Por um breve período, os
egípcios acreditaram que o deus-sol voltará a Terra na forma da família real.
Houve um entusiasmo coletivo que se torna tangível na arte e na arquitetura.
Todo o país celebrou aquela volta. Foi um dos períodos mais admiráveis da
historia egípcia.
A idéia do deus único e universal foi se tornando cada vez mais
consistente para Akhenaton. Com sabedoria e coragem, ele foi dando passos
firmes para a construção de seu propósito. Era preciso materializar a idéia.
Durante o quarto ano de seu reinado, Akhenaton definiu o local onde seria
erguida uma nova cidade, um santuário para Athon. Sua escolha não se deu ao
acaso, mas dentro de todo um simbolismo coerente com a nova doutrina.
A cidade tinha que ser chamada Tell el Amarna que significa O
Horizonte de Athon, portanto, A Cidade do Sol. Estava localizada perto do Nilo,
portanto, perto da linha da vida do Egito e a meio caminho entre Mênfis e
Tebas, ou seja, simbolicamente seria o ponto de equilíbrio entre o mundo
material e o mundo espiritual.
A proclamação recebeu integral apoio do clero de Heliópolis. Amarna
passava a ser a nova cidade teológica onde seria adorado um deus solar, único.
Com a construção de Amarna, num local em que o homem jamais havia trabalhado,
Akhenaton prova que não é um místico sonhador, mas alguém compromissado em
construir seus ideais, disposto a fazer uma nova era de consciência de
Deus.
Sou Deísta
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