O Cristianismo ensina que o Novo
Testamento foi escrito em
grego. E por causa dessa falácia muitos cristãos estão
caminhando por veredas perigosas. Faço está observação baseada em fatos
históricos, bem como descobertas arqueológicas.
Os cristãos afirmam: Os
manuscritos mais antigos são gregos.
O mais antigo Papiro grego que
temos conhecimento do Novo Testamento é o Papiro P52 que são fragmentos de
versículos do Evangelho de João, datado de meados do século II. O estilo e a
maneira destes versículos suportam a maneira precisa dos antigos textos
Aramaicos, ou seja, o estilo destes versículos suporta a versão que é oriunda
do Aramaico.
Para começar, precisamos entender
que a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto e, 1946, são de fato mais antigos
que o TANAK (Antigo Testamento Judeu) e ele datam muito antes da Idade Média.
Contudo, a nossa cópia mais antiga do Tanak é oriunda da cópia grega da LXX
(Septuaginta) que foi escrito no quarto século; entretanto, ninguém
argumentaria neste ponto que os originais do Tanak vieram do grego, como sendo
o idioma original do Tanak, mas sim do hebraico, porém, desde que as cópias do
Mar Morto foram encontradas, a nossa tradução do Tanak continua a mesma da LXX
(Septuaginta que é uma tradução cheia de erros) do quarto século.
Os cristãos afirmam que: O Grego
era a língua falada naquele tempo.
A língua de Jesus e seus
primeiros seguidores era o Aramaico, uma língua semítica aparentada ao
Hebraico, então falada pela maioria dos judeus na Judéia do primeiro século.
Era em Aramaico que Jesus pensava e argumentava com seus amigos e antagonistas.
Por ter afastado de suas origens semíticas o Cristianismo enveredou para a Ásia
Menor de língua grega passou, então, o Cristianismo a conviver com o pensamento
grego – o Novo Testamento – foi registrado em grego, o que constitui a forma
mais antiga que possuímos do Novo Testamento. Esse transplante do Evangelho
para o ambiente cultural e religioso completamente estranho do mundo pagão
greco-romano influenciou sobremaneira o Cristianismo que o desfigurou sufocando
a verdadeira mensagem de Jesus.
O historiador Flávio Josephus no
primeiro século (37 a .C
– 100 d.C) testifica o fato que os judeus do primeiro século falavam hebraico.
Ele testifica que o hebraico, e não o grego era a língua daquele lugar, naquele
tempo. Josephus fala a respeito da destruição do Templo no ano 70 d.C, e de
acordo com ele os romanos tinham tradutores judeus que rogavam a eles a se
renderem na sua própria língua (Guerras 5.9 e 2, Josephus).
As confirmações das palavras de
Josephus são respaldadas pela arqueologia. As inscrições encontradas nas moedas
de Bar Kohba (132 d.C.). Todas estas moedas estampam unicamente inscrições
hebraicas. Outras incontáveis inscrições encontradas nas escavações do Monte do
Templo, Massada, e em várias tumbas judaicas, tem revelado que nos primeiros
séculos da Era Messiânica, as inscrições hebraicas mostram com profunda
evidência que a linguagem usada era de fato o hebraico seguido do aramaico, e
isto poderá ser confirmado nos mais antigos documentos daquele tempo, que têm
sido descobertos em Israel.
A evidência final de que nos primeiros
séculos os judeus conversavam e escreviam em hebraico e aramaico, poderá ser
encontrada em outros documentos do primeiro século e também mais tarde. Isto inclui
as Cartas de Gamaliel em aramaico (30
a .C. – 110 d.C.), as Guerras de Josephus em hebraico (75
d.C.), a Misnha em hebraico (200 d. C.) e a Gemara em aramaico (500 d. C.).
Um dos maiores pesquisadores e
professor da Universidade de Oxford, Geza Vermes, onde leciona “Estudos
Judaicos”, é também considerado um dos maiores especialistas acadêmicos sobre
os Manuscritos do Mar Morto. Em pesquisas recentes, em livros do Mar Morto,
publicado em seu livro: “As Várias Faces de Jesus”, ele deixa bem claro, que o
Cristianismo atual, nada tem haver com o Movimento de Jesus do primeiro século.
E reitera que, o elemento grego induzido do Messianismo do primeiro século,
afastou a Igreja de suas raízes, culturais, tradição e língua, levando assim o
elemento pagão para dentro dela.
E deixa claro, que a língua
escrita e falada pelos primeiros seguidores de Jesus era o hebraico e não o
grego. Nisto cremos!
Graças às novas descobertas dos
historiadores e dos arqueólogos do Antigo Oriente Médio, nosso conhecimento da
história e da cultura do mundo bíblico aumentou enormemente. Os especialistas
adquiriram muitos conhecimentos novos sobre a gramática e vocabulário das
línguas (hebraico e aramaico). Essas abordagens em particular possibilitam o
estudo da Bíblia num terreno “neutro” ou “não-cofecional”, supostamente
excluindo questões de crenças pessoais sobre as exigências religiosas com as
quais esses textos por sua própria natureza confrontam o leitor.
Tudo no mundo evolui... Não
é inacreditável como a Igreja continua a insistir em não evoluir com o mundo?
Está agarrada ao passado. Agarrada a um conjunto de valores e prioridades
completamente díspares da realidade.
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