Quanto mais estudamos aquilo que julgamos conhecer, mais
compreendemos que nos enganaram ao longo das nossas vidas e se nada fizermos
nada nos ajudará a atingir a verdade. Somos enganados por todos desde sempre,
pelas grandes organizações, instituições e movimentos políticos e religiosos,
todas fazem precisamente o contrário daquilo que tanto apregoam.
O Destino é igual ao Ponto Parida e assim é o ciclo da Vida, da Essência e da
Consciência.
Se nos orientarmos por este paradigma encontraremos toda a verdade dentro de
nós e só o autoconhecimento nos libertará desta amálgama de mentiras em que
vivemos, só se nos conhecermos a nós próprios é que conheceremos o Universo.
A história da humanidade está repleta de pinturas e escrituras que demonstram o
total respeito e veneração de todos os povos pelo Sol, dado que o sol nasce
todas as manhas, trazendo consigo visão, calor, salvando o homem quer do frio
quer da noite repleta dos seus predadores. Todas as culturas, desde cedo, se
aperceberam que não haveria vida no planeta, quer vegetal quer animal, caso
este astro não existisse. Esta realidade tornou o sol o astro mais adorado de
todos os tempos.
Da mesma forma tinham também a completa noção das estrelas, estas formam
padrões que lhes permitiram reconhecer e antecipar eventos que ocorreram no
futuro catalogaram grupos celestiais, vulgarmente conhecidas por constelações,
e construíram a Cruz do Zodíaco através desse mesmo conhecimento aprofundado
sobre astros.
A Cruz do Zodíaco representa o trajeto do Sol através das doze maiores
constelações no decorrer de um ano, as doze constelações Zodiacais representam
os doze meses, divididos em quatro estações, em solstícios e equinócios. A
expressão Zodíaco está relacionada com o fato de as constelações serem
representações personificadas por figuras ou animais.
O Sol com todo o seu poder criador e salvador foi sempre personificado como um
criador único, ou seja, Deus. “Filho de Deus, “a luz do Mundo”, “o salvador da
humanidade”“.
Igualmente as 12 constelações representam lugares de viagens para os Filhos de
Deus, e foram identificados com nomes representativos por elementos da natureza
que aconteciam nesses períodos de tempo, por exemplo, Aquário é um “Portador da
Água” que traz as chuvas da primavera como estão representadas na seguinte
imagem.
Hórus é o Deus Sol do Egito por volta de 3000 AC, e a sua vida é uma série de
mitos alegóricos que envolvem o movimento do sol no céu.
Hórus, sendo o Sol, ou a Luz, tinha como inimigo o Deus “Seth” e Seth era a
personificação das trevas ou noite, e metaforicamente falando, todas as manhãs,
Hórus ganhava a batalha contra Seth – quando ao fim da tarde, Seth conquistava
Hórus e o enviava para o mundo das trevas.
Será importante frisar que “Trevas vs. Luz” ou “Bem vs. Mal” tem sido uma
dualidade mitológica omnipresente e que ainda hoje é utilizada a muitos níveis.
No geral, a história de Hórus é a seguinte:
Hórus nasceu a 25 de Dezembro da virgem Isis-Meri. O seu nascimento foi
acompanhado por uma estrela a Leste, que por sua vez, foi seguida por 3 Reis em
busca do salvador recém-nascido. Aos 12 anos, era uma criança prodígio, e aos
30 anos foi batizado por uma figura conhecida por Anup e que assim começou o
seu reinado.
Hórus tinha 12 discípulos e viajou com eles, fez milagres tais como curar os
enfermos e andar sobre a água. Hórus também era conhecido por vários nomes tais
como A Verdade, A Luz, o Filho Adorado de Deus, Bom Pastor, Cordeiro de Deus,
entre muitos outros. Depois de traído por Tifão, Hórus foi crucificado,
enterrado e ressuscitou 3 dias depois. Estes atributos de Hórus, originais ou
não, aparecem representados em várias culturas mundiais, e em muitos outros
deuses encontrados com a mesma estrutura mitológica.
Attis, da Phyrigia, nasceu da virgem Nana a 25 de Dezembro, crucificado,
colocado no túmulo 3 dias depois, ressuscitou.
Krishna, Índia, nasceu da virgem Devaki com uma estrela no Ocidente a assinalar
a sua chegada, fez milagres em conjunto com os seus discípulos, e após a morte,
ressuscita.
Dionísio da Grécia nasce de uma virgem a 25 de Dezembro, foi um peregrino que
praticou milagres tais como transformar a água em vinho, e é referido como “Rei
dos Reis,” “Filho pródigo de Deus,” “Alpha e Ômega,” entre muitas outras
coisas. Após a sua morte, ressuscitou.
Mithra, da Pérsia, nasceu de uma virgem a 25 de Dezembro, teve 12 discípulos e
praticou milagres, e após a sua morte foi enterrado, e 3 dias depois
ressuscitou, também era referido como “A Verdade,” “A Luz,” entre muitos
outros. Curiosamente, o dia sagrado de adoração a Mithra era um Domingo (dia do
Sol, Sunday em inglês).
O que importa salientar aqui é que “existiram” inúmeros salvadores, dependendo
dos períodos, em todo o mundo, que preenchem estas mesmas características. A
questão mantém-se:
Por que o nascimento de uma virgem?
E logo num 25 de Dezembro?
Por que a morte e a ressurreição após 3 dias?
Por que os 12 discípulos?
Analisaremos, portanto o mais recente dos Messias solares, Jesus Cristo:
Jesus Cristo nasceu da virgem Maria num 25 de Dezembro em Belém, e foi
anunciado por uma estrela a Leste, que seria seguida por 3 reis magos para
encontrar e adorar o salvador. Tornou-se pregador aos 12 anos, e aos 30 foi
batizado por João Batista, e assim começou o seu reinado. Jesus teve 12 discípulos
com quem viajou praticando milagres tais como curar pessoas, andar na água,
ressuscitar mortos, e também foi conhecido como o “Rei dos Reis,” o “Filho de
Deus,” a “Luz do Mundo,”, “Alpha e Ômega,”, “Cordeiro de Deus,” e muitos
outros. Depois de traído pelo seu discípulo Judas e vendido por 30 pratas, foi
crucificado, colocado num túmulo, 3 dias depois ressuscitou e ascendeu aos
céus.
1º- A sequência do nascimento é completamente astrológica, a estrela no
horizonte Leste é Sirius, a estrela mais brilhante no céu noturno, que, a 24 de
Dezembro, alinha-se com as 3 estrelas mais brilhantes no cinturão de Orion,
estas 3 estrelas são chamadas hoje como também eram chamadas então: “3 Reis”.
Os 3 Reis e a estrela mais brilhante, Sirius, todas apontam para o nascer do
sol no dia 25 de Dezembro. Esta é a razão pela qual os Três Reis “seguem” a
estrela a Leste, numa ordem para se direcionarem ao Nascer do Sol.
2- A Virgem Maria é a constelação Virgem. Em Latim é Virgo. O antigo símbolo
para Virgo é um “m” alterado. Isto explica porque o nome de Maria tal como
outras progenitoras virgens, como a mãe de Adônis, Mirra, ou a mãe de Buda,
Maya, começa com um M. Virgo (Constelação de Virgem) também é referido como a
“Casa do Pão”, e a representação de Virgo é uma virgem a segurar um feixe de
espigas de trigo. Esta “casa do Pão” e seu símbolo das espigas de trigo
representam Agosto e Setembro, altura das colheitas. Por sua vez, Belém, é a
tradução à letra de “A Casa do Pão”. Bethlem é também a referência à
constelação de Virgem, um lugar no Céu, não na Terra.
3- Outro fenômeno muito interessante que ocorre a 25 de Dezembro é o solstício
de Inverno. Entre o solstício de Verão ao solstício de Inverno, os dias
tornam-se mais curtos e frios. O sol move-se para sul e aparentemente fica
menor e fraco, ocorre o encurtamento dos dias e o fim das colheitas conforme se
aproxima o solstício de Inverno simbolizando a morte do sol.
No 22º dia de Dezembro, o falecimento do SOL está completamente realizado. O
sol, tendo se movido continuamente para o sul durante 6 meses, atinge o seu
ponto mais baixo no céu. Aqui ocorre uma coisa curiosa: o Sol parece
aparentemente, deixar de se movimentar para o sul, durante 3 dias. Durante
estes 3 dias, o Sol se encontra nas redondezas da Constelação de Cruzeiro do
Sul, Constelação de Crux ou Alpha Crucis.
Depois deste período a 25 de Dezembro, o Sol move-se, desta vez para norte,
criando a perspectiva de dias progressivamente mais longos, o calor e a
Primavera. E assim se diz: que o Sol morreu na Cruz, (constelação de Crux)
Esteve morto por 3 dias, apenas para ressuscitar ou nascer uma vez mais.
Esta é a razão pela qual Jesus e muitos outros deuses do Sol partilham a ideia
da crucificação, morte de 3 dias e o conceito da ressurreição. É o período de
transição do Sol antes de mudar seu sentido para o Sul e dirigir-se ao Norte
trazendo ao Hemisfério Norte a Primavera e assim: a salvação.
Todavia, eles não celebram a ressurreição do Sol até o equinócio da Primavera,
ou Páscoa. Isto é porque no Equinócio da Primavera, o Sol domina oficialmente o
Mal, as Trevas, assim como o dia se torna progressivamente maior que a noite, e
o revitalizar da vida na Primavera emerge.
Agora, provavelmente a analogia mais óbvia de todas neste simbolismo
astrológico são os 12 discípulos de Jesus. Eles são simplesmente as 12
constelações do Zodíaco, com que Jesus, sendo o Sol, viaja. De fato, o número
12 está sempre presente ao longo da Bíblia. Este texto está mais relacionado
com a astrologia do que com outra coisa qualquer.
4- Voltando à Cruz do Zodíaco, o elemento figurativo da vida é o Sol, isto não
era uma mera representação artística ou ferramenta para seguir os movimentos do
Sol. Era também um símbolo espiritual Pagão. O Sol não é um símbolo do
Cristianismo. É uma adaptação Pagã da cruz do Zodíaco. Esta é a razão pela qual
Jesus nas primeiras representações era sempre mostrado com a sua cabeça na
cruz, ““Jesus é o Sol”, “Filho de Deus”, “a Luz do Mundo”, “o Salvador a
erguer-se, que “renascerá,” assim como o faz todas as manhãs”, “a Glória de
Deus que defende contra as Forças das Trevas, assim como “renasce” a cada
manhã”, e que pode ser “visto através das nuvens,” “Lá em Cima no Céu,” com a
sua “Coroa de Espinhos,” raios de sol”.
5- Agora, nas muitas referências astrológicas na Bíblia, uma das mais
importantes tem a ver com o conceito de “Eras”. Através das escrituras há
inúmeras referências ao termo “Era”. Para compreender isto, precisamos primeiro
estar familiarizados com o fenômeno de precessão dos Equinócios. Os antigos
Egípcios assim como outras culturas antes deles, reconheceram que
aproximadamente de 2150 em 2150 anos, o nascer do Sol durante o Equinócio da
Primavera, ocorria numa diferente constelação do Zodíaco. Isto tem a ver com a
lenta oscilação angular que a Terra possui enquanto roda sobre o seu eixo.
É chamado de precessão porque este eixo caminha para trás nas constelações, em
vez de cumprir o seu ciclo anual normal. Este ciclo completo é chamado também
de “Grande Ano“, e algumas civilizações ancestrais conheciam-no bem.
Referiam-se a cada ciclo de 2150 anos como uma “Era” ou “Eon”.
De 4300 A.C. a 2150 A.C., foi a “Era do Touro”.
De 2150 A.C. a 1 D.C., foi a “Era de carneiro”-
E de 1 D.C. a 2150 D.C. é a “Era de Peixes”, a Era em que permanecemos nos dias
de Hoje.
E por volta de 2150, entraremos na nova Era. A era de Aquarius. Agora, a Bíblia
refere-se, por alto, ao movimento simbólico durante 3 Eras, quando se vislumbra
já uma quarta.
Numa altura em que todos ouvimos falar sobre o fim do mundo, a espinha dorsal
desta ideia surge em Mateus 28:20, onde Jesus diz: “Eu estarei convosco até ao
fim dos Séculos (em Português)”contudo, na tradução Inglesa da Bíblia, aparece
a palavra “world”, Enquanto a palavra realmente usada era “Aeon“, que significa
“Era“. “Eu estarei convosco até ao fim da Era”. O que no fundo é verdade, Jesus
como personificação Solar de Peixes irá ser substituído quando o Sol entrar na
Era de Aquário. Este conceito de fim do mundo é uma interpretação errada desta
alegoria astrológica.
6- As semelhanças entre Hórus e Jesus são flagrantes, por exemplo, Hórus é a
segunda pessoa na Santa Trindade Egípcia, o “Filho”, que é Jesus, é a segunda
pessoa na Santa Trindade Cristã. Ambos são conhecidos por Krst/Cristo, ambos
são Messias de um Deus-Sol, nascidos de uma de Virgens Ísis-Meri e Maria, ambos
foram presenteados por três Reis, ambos foram crianças-prodígio aos 12 anos,
ambos foram batizados aos 30 anos de idades, ambos fizeram milagres, ambos
tinham 12 discípulos, ambos disseram o que é o Caminho, a Verdade e a Vida,
ambos foram traídos por um dos seus discípulos Tifão/Judas, ambos foram
considerados Reis, Hórus foi o Rei dos Egípcios/ Jesus, Rei dos Judeus, ambos
previram as suas mortes, ambos foram crucificados e ambos ressuscitaram 3 dias
depois da Morte.
7- Sobre o nascimento de Moisés, diz-se que ele foi colocado numa cesta de cana
e lançado ao rio para evitar um infanticídio. Ele foi mais tarde salvo pela
filha dum Rei e criado por ela como um Príncipe. Esta história do bebé numa
cesta foi retirada do mito de Sargão de Akkad por volta de 2250 A.C. Depois de
nascer, Sargão, foi posto numa cesta de rede para evitar um infanticídio e
lançado ao Rio. Foi depois salvo e criado por Akki, uma esposa da realeza
Acádia (Mesopotâmia). Além disso, Moisés é conhecido como Legislador, Portador
dos Dez Mandamentos da Lei Mosaica. Contudo, a ideia de a Lei ser passada de um
Deus para um profeta numa montanha é também antiga.
Moisés é somente um dos legisladores numa longa linha de legisladores na
história mitológica. Na Índia, Manou foi o grande Legislador. Na ilha de Creta,
Minos ascendeu ao Monte Ida, onde Zeus lhe deu as Leis Sagradas. Enquanto no
Egpto Moisés, tinha nas suas pedras tudo o que Deus lhe disse.
Manou, Minos e Moisés no que diz respeito a estas Dez Ordens, foram retiradas a
papel químico do “Feitiço 125 do Livro dos Mortos” do Antigo Egito. O que é
que o Livro dos Mortos dizia?
“Eu Nunca Roubei” tornou-se “Tu nunca roubarás”
“Eu nunca Matei” tornou-se “Nunca Matarás”
“Eu Nunca Menti” tornou-se “Nunca levantarás falsos testemunhos”… e por aí
adiante.
A religião Egípcia é no fundo a base fundamental para a teologia
Judaico-Cristã. Batismo, Vida após a morte, Julgamento Final, Imaculada
Concepção, Ressurreição, crucificação, a arca da Aliança, circuncisão, salvadores,
comunhão sagrada, o Dilúvio, Páscoa, Natal, a Passagem, e muitas outras coisas
e atributos são mitos Egípcios e pré-egípcios nascidos muito antes do
Cristianismo ou do Judaísmo.
A Bíblia é um híbrido literário astro-teológico que relata a vida de um Messias
enviado por um Deus-Sol designado por Christus ou Cristo que na realidade não é
um nome mas sim uma titulação que significa “O Escolhido”, como todos os mitos
religiosos dos que o antecederam e possivelmente dos seus sucessores.
Adaptação de: Zeitgeist,
the Movie, Peter Joseph. 2007.