Antigo manuscrito cristão encontrado em 1945 na cidade de Nag Hammadi, Egito |
Você
já imaginou um fenômeno religioso mais diversificado do que o Cristianismo
moderno? Há igreja Católica Romana, Católica Ortodoxa, Presbiteriana,
Metodista, Batista, Adventista, Assembléia de Deus e uma multidão de
denominações Neo pentecostais.
Mais
diversificado do que este fenômeno do Cristianismo moderno é o Cristianismo
antigo.
Imagine
as escolhas com que os cristãos se deparavam nos séculos II e III. O que é
melhor? A igreja Ebionita ou Marcionita? Gnóstica ou Proto-ortodoxa? Uma igreja
que acredita num Deus Uno, ou numa Trindade? Uma igreja que aceita os
Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, ou os Evangelhos de Tomé, Filipe e Maria?
Esses
dois séculos foram praticamente ricos em diversidade teológica entre os
primeiros cristãos. De fato, a diversidade teológica era tão difundida que
grupos que se auto-qualificavam de cristãos aderiram a crença e as práticas que
muitos cristãos hoje classificariam como tudo, menos cristãos.
Durante
os séculos II e III, não havia acordo quanto a um cânon – nem acordo quanto a
uma teologia. Em vez disso, havia um amplo leque de diversidade. Diversos
grupos afirmando diversas teologias baseadas em diversos textos escritos, todos
reivindicando terem sido escritos pelos primeiros seguidores de Jesus.
Mas
praticamente todas as formas do cristianismo moderno querem, aceite ou não, originam-se
de uma única fonte de Cristianismo que emergiu como vitoriosa dos conflitos dos
séculos II e III. Esse grupo foi o que se aliou ao Império Romano. Essa forma
única decidiu qual era a perspectiva “correta”; e determinou que formas de
Cristianismo fossem marginalizadas, postas de lado, destruídas. Também decidiu
quais livros canonizar no Novo Testamento e quais deixarem de lado como “hereges”.
Em
325 d.C., o Imperador romano Constantino convocou o Concílio de Nicéia. Constantino
visava dotar a igreja de uma doutrina padrão, pois as divisões dentro da nova
igreja que nascia, ameaçava sua autoridade e domínio. Era necessário, portanto,
um concílio para dar nova estrutura aos seus poderes.
Foi
no Concílio de Nicéia que deram os passos decisivos no sentido de criar uma
igreja unificada, engendrada de forma a servir ao Imperador como forma de
domínio político e social.
O
Concílio de Nicéia foi instituído com o fim de fabricar a doutrina de uma nova
igreja concebida para o fácil controle do povo.
Em
Nicéia que foram instituídas as primeiras “ferramentas” facilitadoras da
criação de um Deus, bem como na escolha dos Evangelhos que, a partir deste Concílio,
passaram a serem os únicos textos considerados sagrados no Cristianismo.
Em
331 d.C. seis anos depois de Nicéia, Constantino ordenou que uma “Bíblia”
ecumênica fosse escrita.
Constantino
queria uma Bíblia que seria aceitável a pagãos como também a cristãos, e
Eusébio (seguidor de Orígenes de Alexandria) foi nomeado para dirigir esta
tarefa.
Esta
Bíblia foi escrita para concordar com os objetivos da nova igreja que nascia
Católica e Romana e que se autodenominava detentora da “ortodoxia”.
Foi
neste período que Constantino ordenou a destruição de todos os outros
manuscritos cristãos antigos, proibiu, também, a leitura e a posse de qualquer
literatura cristã, que não fosse umas das 50 Bíblias e a pena a desobediência
deveria ser a morte.
Os
Codex Siaiticus e Vaticanus são exemplo sobreviventes da 50 Bíblias de
Constantino.
Você
sabia que a sua Bíblia é uma cópia das 50 Bíblias de Constantino?
Neste
blog você irá encontrar uma reunião de informações dos mais diferentes
seguimentos do saber, das ciências e das artes.
Espero
que gostem, aguardo seus comentários e sugestões: z3view@gmail.com
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