sexta-feira, 29 de março de 2013

Você já viu cabeça de bacalhau?

Você nunca viu e nunca verá porque bacalhau não é exatamente um peixe.

"Bacalhau não é peixe nem é carne. Bacalhau é bacalhau", diz um ditado português.


Bacalhau são o processo milenar ou o resultado de tratamento de peixes. O produto resultante do método de salga e secagem a que são submetidos cinco tipos de peixe, (gadus morua, macrocefalus, zarbo, cod e ling) inclusive o nosso pirarucu, das águas doces, batizado de "bacalhau da Amazônia", que passa pelo mesmo processo de maturação. É que é denominado bacalhau.








Por isso, bacalhau fresco não existe. Quando solicitado em uma receita, entenda-se um desses cinco tipos de peixe antes de passar pelo processo de salga e secagem, com características diferentes de textura, cor e sabor.

Foi à igreja medieval que impulsionou o consumo de peixe em dias de jejum de “comida de carne vermelha”, nos quais eram permitidos só alimentos frios.

De lá para cá, a tradição se mantém: a Páscoa consagrou as receitas de bacalhau.
Esses peixes, que passam por processo de salga e secagem - nessa ordem - e que se presta a dar vida ao bacalhau, costumam ser enriquecidos com gordura, para que fiquem tenros e não secos.