sábado, 4 de junho de 2016

Múmias Egípcias

A vida eterna é matéria prima de quase todas as religiões. Desde os primórdios da humanidade o homem tem buscado a vida eterna. A cruz Ankh se liga fundamentalmente aos conceitos de vida e morte, ou melhor, de vida eterna (Nem Ankh). A cruz Ankh concede o dom da imortalidade, ou o controle sobre os ciclos vitais da natureza, ou seja, o início e fim da vida. Em algumas situações, é encontrada próxima a boca das figuras dos deuses, neste caso significa um Sopro da vida.

Cruz Ankh
Múmias egípcias

Entende-se por politeísmo a crença em vários deuses. Os egípcios, povos politeístas, acreditavam na vida eterna após a morte, em que o espírito do falecido voltava para tomar seu corpo. Para abrigar o cadáver, construíram as pirâmides. E para preservar o corpo (enquanto o espírito não retornava) inventaram a mumificação. Em conseqüência deste processo, os egípcios iniciaram os estudos da anatomia e descobriram várias substâncias químicas, na busca de substâncias para a preservação do corpo.

Primeiramente, todas as vísceras do cadáver eram retiradas. Um corte era feito na altura do abdômen, de onde era retirado o coração, o fígado, o intestino, os rins, o estômago, a bexiga, o baço, etc. O coração era colocado em um recipiente à parte. O cérebro também era retirado. Aplicavam uma espécie de ácido (via nasal) que o derretia, facilitando sua extração.

Em seguida, deixavam o corpo repousando em um vasilhame com água e sal (para desidratá-lo e matar as bactérias) durante setenta dias. Desidratado, o corpo era preenchido com serragem, ervam aromáticas (para evitar sua deterioração) e alguns textos sagrados.

Depois de todas essas etapas, o corpo estava pronto para ser enfaixado. Ataduras de linho branco eram passadas ao redor do corpo, seguidas de uma cola especial. Após esse processo, o corpo era colocado em um ataúde e abrigado dentro de um sarcófago ou sepultado em uma câmara mortuária.


Sarcófago Egípcio
Ataúde
Segundo a religião egípcia, após a morte, o espírito era guiado pelo deus Anúbis até o Tribunal de Osíris, que o julgaria na presença de outros 42 deuses. Seu coração era pesado em uma balança, que tinha como contrapeso uma pena. Se o coração fosse mais leve que a pena, o espírito receberia a permissão para voltar e retomar seu corpo. Caso contrário, seria devorado por uma deusa com cabeça de jacaré. Os egípcios acreditavam em deuses híbridos: metade homem, metade animal (antropozoomorfia).