sábado, 6 de setembro de 2014

TAMBIRA e o tema zumbi na literatura brasileira


Capa do livro
Esqueçam os vampiros, lobisomens e seres sobrenaturais. O que está na moda agora são os zumbis. Sim, esses seres morto-vivo que grunhe e se arrastam de um lado para o outro. Eles estão bombando nos games, nos filmes e na literatura. O tema zumbi não é muito utilizado da literatura brasileira, este tema carrega os apelos dos thrillers norte americano.

TAMBIRA é totalmente brasileiro eu conto uma lenda extraída do imaginário popular brasileiro. O livro é sobre a vida dramática de um homem que depois de morto torna-se um vivo-morto, um corpo seco.

Gosto muito do gênero terror, mas vampiros e lobisomem têm uma longa tradição na literatura, inclusive no Brasil. Fora isso, o vivo-morto servem mais ao propósito da história que queria contar.

O livro insere a ficção dentro de um contexto histórico real, os personagens têm nomes que são homenagens às pessoas reais, mas não se trata apenas de nome, mas do background. As escolhas dessas pessoas não foram aleatórias, mas existem para dar certa dimensão e profundidade para a história que não pode ser percebida em uma primeira leitura. Procuro criar camadas em meus textos; mensagens nas entrelinhas. Gostei do resultado final.


sábado, 30 de agosto de 2014

Thiller histórico com um pitada de terror




Eu tinha uma história de terror para contar, e achei que ela seria mais interessante se contada no estilo de um thriller histórico. Comecei a escrever tudo com muita pesquisa e recheado de informações interessantes. Gostei do resultado. Confira!

domingo, 17 de agosto de 2014

Lançamento do livro Tambira a lenda

Capa do livro
Acontece no dia 22 de agosto (sexta-feira), a partir das 19:00 horas, na Estação Ferroviária de Guaratinguetá-SP, o lançamento do livro “Tambira a lenda”, de autoria de J. Carlos Ribeiro.

Aos 61 anos, J. Carlos Ribeiro escreveu seu primeiro livro, a obra conta a história dramática de um homem, tendo como pano de fundo a sociedade escravocrata cafeeira de Bananal.

Tambira é morto por um jovem desconhecido. Que mistério se esconde atrás desta morte? Somente o Mestre o guardião dos mistérios poderá responder.

Numa trama entrelaçada entre o passado e o presente o romance conduz o leitor pela história e vai criando o cenário revelando um macabro mundo de lembranças, paixão e terror.

Sobre o autor:

J. Carlos Ribeiro nasceu em Poços de Caldas–MG, mudou-se para Aparecida–SP com os pais em 1960, desde 1977 mora em Guaratinguetá. Atualmente está escrevendo o segundo livro da trilogia Tambira.


domingo, 8 de junho de 2014

Monoteísmo


Deus. Michelangelo
Seres imaginários povoam as crenças de quase todas as culturas do mundo, ou talvez de todas. Existem de tantos tipos quanto nossa imaginação possa conceber. Alguns são poderosíssimos, capazes de decidir sobre o destino da sociedade, produzir fenômenos climáticos que auxiliem ou prejudiquem colheitas e demais atividades humanas e mesmo seriam os responsáveis pela criação e manutenção da existência do mundo e de tudo o que nele existe. São cultuados e temidos por seus poderes e sua influencia em uma escala muito além de nossa capacidade. Ao serem agraciados com homenagens e sacrifícios podem nos beneficiar e prejudicar nossos inimigos. Podem nos castigar quando cometemos faltas e não cumprimos nossas obrigações... 

A caracterização cultural dos deuses de diferentes povos de diferentes épocas históricas como podemos ver acima não pode ser feita senão de maneira abrangente e geral. Não há critérios objetivos para se diferenciar deuses de outros seres superiores e sobrenaturais. Mas isso é relativamente pouco problemático quando se trata de politeísmo. Nesse tipo de crença religiosa, a rigor, não há necessidade de distinção absoluta entre os deuses e outros seres sobrenaturais. Uma distinção possível seria o fato de que aos deuses se aplica algum tipo de culto ou temor, pois sua influência sobre o mundo dos homens seria mais abrangente e decisiva. Nesse sentido até mesmo pessoas mortas podem ser alçadas a condição de divindades, algo comum entre culturas “pré-históricas”, entre os gregos antigos e também entre católicos modernos (apesar deles se crerem monoteístas, mas discutiremos isso mais adiante).

A origem da crença em deuses, essa sim pode ser definida em termos objetivos. A consciência humana é algo tão poderoso em se auto-iludir e ver significado em tudo que acontecimentos sem explicação são tidos como fruto de intenções ocultas, de seres aos quais não se pode ver, e cuja existência se situa acima das limitações humanas. Essa é uma adaptação evolutiva e uma das causas da crença em seres sobrenaturais. A origem do mundo, a chuva, o sol, a lua, a alternância entre estações do ano, o movimento relativo dos astros no céu, as marés, as cheias dos grandes rios, os períodos de seca, a organização política e econômica da sociedade e toda sorte de fenômenos naturais e sociais parecia aos olhos de nossos antepassados como sendo obra desses seres superiores. 

A nossa tendência a seguirmos líderes, outra adaptação evolutiva comum entre animais que vivem em bandos origina a necessidade de crermos que alguns desses seres superiores são senhores de nosso destino, os criadores da natureza, da estrutura social e das suas regras. São os deuses do politeísmo. 

Mas após milênios de politeísmo, algumas sociedades tentaram reunir esses seres em uma só entidade, em um só deus. Temos assim o monoteísmo. Essa tentativa de unificação pode ocorrer por motivos variados, mas a necessidade de unificação sócio-econômica e cultural de um ou mais povos sob o governo de uma classe social dominante com um líder proeminente é em geral um fator importante. 

Mas como veremos há muita dificuldade em se manter o culto a um só deus, pois tendemos a criar vários deuses e outros seres sobrenaturais para explicar e justificar diferentes aspectos do mundo. 

Em geral as pessoas não aceitam pacificamente que seus seres fantasiosos diversificados sejam reduzidos a um só ser fantasioso do monoteísmo governante... 

No Egito antigo a tentativa em se estabelecer o culto do deus Aton como o único foi feita sob a tutela do faraó Amenófis IV treze séculos antes de Cristo. Estava ele interessado obviamente em reduzir a influencia dos sacerdotes dos inúmeros outros deuses e aumentar a sua própria sobre a população. Embora não tenha obtido êxito em se firmar, devido principalmente a inabilidade de Amenófis em superar a oposição dos sacerdotes dos outros deuses, essa reforma deixou uma herança cultural que influenciou os povos da região. 

Séculos depois os persas já contavam com um sistema religioso, o zoroastrismo, que reduziu drasticamente o numero de deuses, onde apenas dois deles tinham importância fundamental no mundo, sendo um deus favorável a ordem e a luz e outro ao caos e as trevas. Também os hebreus beberam dessa fonte. O estabelecimento do culto único a Javé entre os hebreus (que antes eram politeístas) foi uma unificação cultural e uma forma de resistência ás outras potencia militares do Oriente médio da época. Mas novamente essa experiência teria se limitado a esse povo se não fosse pela aceitação dessas ideia pelo maior império da antiguidade, Roma. E isso mudou tudo.

Monoteísmo e sociedades centralizadas e dominadoras

O estabelecimento de uma variante do monoteísmo hebraico, o cristianismo, pelo imperador Constantino como a religião única do Império Romano foi uma tentativa desesperada de se conter o desmantelamento da estrutura sócio-econômica e cultural do Império Romano e obteve êxito em alguns pontos fundamentais. 

Apesar de se considerar que a parte ocidental do império ruiu no século V, a cultura e formas de organização social preservadas pelo monoteísmo acabaram por influenciar os povos germânicos que se estabeleceram dentro das antigas fronteiras romanas. Em poucos séculos praticamente todos os povos germânicos já haviam se convertido a nova religião sob as ordens de reis que viram a utilidade do monoteísmo como unificador sócio cultural e facilitador do domínio de uma autoridade sobre o conjunto da população... A formação dos reinos europeus medievais se deu sob a tutela da ideia da religião monoteísta. A Europa moderna nasceu sob a influencia dessa ideia e a difundiu pelo mundo.

Com a enorme influencia da Europa a partir das grandes navegações do século XV ocorreu a “exportação do monoteísmo” a todos os outros continentes e inúmeros povos de todo o planeta, a ponto do monoteísmo ter se tornado hegemônico em varias regiões e culturas do mundo. Essa dominação da crença em um deus único sobre o mundo todo é mostrada de forma inteligentemente irônica, por Saramago em O evangelho de Jesus Cristo. No romance, Jesus é apenas um instrumento (e não um filho) que Javé usa para deixar de ser um pequeno deus do deserto e se tornar o deus mais influente do mundo...

Na Península Arábica ocorreu outro grande exemplo da utilidade do monoteísmo em unificar povos sob a tutela de impérios. Os árabes criaram a sua variante do monoteísmo hebreu, o islã e usaram essa ideia para unificar inúmeros povos da Ásia, África e mesmo de regiões da Europa. 

Resumidamente vimos como as crenças de um povo do deserto acabaram dominando no mundo atual bilhões de pessoas por terem sido úteis, aceitas e difundidas por grandes impérios do passado. 
Monoteísmo, no entanto não é um termo exato devido à dificuldade em se determinar o que é um deus único e negar o status divino a outros seres sobrenaturais. 

Nos mitos bíblicos, Javé usa de emissários (anjos) para agir entre os seres humanos e não nega a existência de outros deuses, apenas proíbe os hebreus de lhes cultuar. Disputa com o diabo a influencia sobre Jó e ao menos uma vez é sobrepujada pelo diabo na influencia sobre o rei Davi. Também no islã o deus único Alá conta com o auxílio e oposição de seres sobrenaturais como os djins. Mas é no cristianismo que a herança do politeísmo se mostra mais claramente devido a influencia greco-romana sobre a região da palestina da época em que ele foi criado.

Jesus é uma divindade ao estilo grego, filho de um deus com uma mortal. Há um deus “espírito santo” e o deus criador, o pai, que apesar de ser identificado com Javé não demonstra a arrogância e a crueldade típica desse deus em passagens anteriores da bíblia. Tentativas de se unificar esses três deuses esbarram no fato de que só o deus pai dispõe de informações tais como quando será o fim dos tempos, informação que Jesus, não possui... E o cristianismo, que já nasceu influenciado pelo politeísmo grego seguiu nossa tendência a divinizar a tudo e a todos, elevando mais e mais seres sobrenaturais ao status de deuses. 

Ao se firmar como Igreja católica no fim do Império Romano, estabeleceu o culto a divindades menores; em geral heróis e mártires mortos. Entre os gregos eram chamados semideuses, entre os católicos são os santos. Católicos tentam negar o fato de que santos são deuses, mas continuam pedindo a eles curas de doenças, boas colheitas, vitórias em competições de todo tipo, sucesso profissional, casamentos, chuvas e tudo o mais que outros povos politeístas pedem aos seus deuses... 

Grupos minoritários de cristãos, em especial os pentecostais (evangélicos) dizem se opuser a influência do politeísmo, mas aceitam a já citada caracterização de Deus como sendo três pessoas e apontam a ação do diabo como tão grande sobre o mundo que fica impossível não o caracterizar como um deus e aqui é preciso enfatizar um ponto. Um deus não é necessariamente bom, é apenas um ser sobrenatural a que se rende um culto ou ao qual se tem temor devido a sua grande influencia sobre o mundo. Difícil caracterizar Javé como sendo bom quando sabemos que ele matou inúmeras pessoas por motivos banais tais como homossexualidade, consumo de sangue e carne de porco e sexo fora do casamento... E ainda as condena a tortura eterna no inferno... 

O que temos entre os pentecostais e outros grupos cristãos minoritários é um deus criador do mundo que atualmente pouco age sobre a sociedade humana. Ações mais significativas e benéficas sobre as pessoas são efetuadas pelo deus filho, Jesus, mas só em quem o aceita por meio de uma cerimônia publica chamada batismo. A esses ele concede bens materiais e vida eterna. É um deus exclusivista que nega tudo a quem não o adora. Agindo sobre as pessoas de forma maléfica, temos um deus corruptor, o diabo, que não discrimina ninguém, não precisa ser aceito para que influencie a sociedade, governos e tudo o mais que seja humano. Nas crenças dos grupos evangélicos o diabo é o deus mais atuante, pois não se impõe restrições... 

É muito difícil, ou talvez impossível se estabelecer um culto realmente monoteísta, ficando tudo apenas na base da “restrição ao exagero do numero de deuses”, e talvez seja apenas essa a necessidade. Na pratica pouco importa se o numero de deuses seja apenas um ou dois ou três. O que se tenta evitar é a divisão cultural da sociedade própria do politeísmo com seus inúmeros deuses. Impérios e outras sociedades centralizadas precisam que uma vontade geral e unificada seja aceita pela população e um bom jeito de se obter isso sempre foi à religião. No passado distante a nossa espécie se dividia em pequenas tribos, cada uma com seu próprio conjunto de crenças. 

Unificação de crenças é uma necessidade quando ocorre à unificação de tribos em comunidades maiores, sociedades mais complexas, impérios... É comum que os deuses das sociedades dominadas sejam suprimidos ou inferiorizados em relação ao deus da sociedade dominante. O cristianismo fez isso com os deuses anteriormente cultuados no império romano. O islã o fez com os da península arábica, os do norte da África e do sul da Ásia. O catolicismo agiu assim com todos os povos dominados pelos europeus por praticamente todos os continentes, em especial a América latina. 

Atualmente os pentecostais reprimem o culto aos deuses de origem africana e indígena da umbanda e demais crenças politeístas outrora tão comuns nas periferias dos grandes centros brasileiros... Também estão agindo assim entre populações indígenas, trocando os mitos politeístas pelo mito monoteísta cristão. Carl Sagan afirma em o mundo assombrado pelos demônios que o monoteísmo é próprio de povos mais agressivos e que dominam outros. Ele está correto e os motivos foram explicitados acima. A dominação de uma cultura sobre outras é o que se esconde muitas vezes por trás da substituição do politeísmo pelo monoteísmo.










domingo, 4 de maio de 2014

Religiões Monoteístas Fazem Mal a Terra

É de se pressupor que, quanto mais a humanidade avança em tecnologia, maiores sejam os seus conhecimentos a respeito do planeta onde vive. Mas não é bem assim. Há relatos, por exemplo, de que antes de o tsunâmi arrastar consigo inúmeras vidas no leste da Ásia, os animais fugiram das partes baixas, procurando abrigo nos lugares mais altos, enquanto as pessoas, envolvidas em seus afazeres, de nada se aperceberam, pois desaprenderam de observar os sinais enviados pela natureza, como se fosse corpos estranhos inseridos nela.
As pessoas que viviam no norte da Europa há cerca de 10.000 anos atrás, eram descendentes dos primeiros humanos modernos, ou Homo Sapiens, que chegaram ao norte da Europa cerca de 30.000 - 40.000 anos atrás.

Numa terra praticamente virgem, homens, mulheres e crianças viviam em bandos isolados uns dos outros. Alimentavam-se do que conseguiam com uma agricultura muito rudimentar, da caça e do que simplesmente catavam no mato. Eram seminômades, ou seja, ficavam num lugar apenas tempo suficiente para comer o que estava ao seu alcance, aí levantavam acampamento e iam embora. Suas vilas não eram nada mais do que simples acampamentos. Não construíam muita coisa além de totens ou amontoados de pedras. Não criaram escritas. Não tinham sistema político e seus líderes eram uma mistura de patriarca com guia espiritual.
A natureza era a expressão máxima da Deusa Mãe. A divindade máxima era feminina, a Deusa Mãe, cuja manifestação era a própria natureza e por isso a sociedade embora não fosse matriarcal mesmo assim a mulher era soberana no domínio das forças da natureza. A religião era politeísta com características animistas, sendo os ritos quase sempre realizados ao ar livre.

Naquele tempo, ainda que o homem vivesse da caça e também derrubassem árvores, havia uma interação entre ele e a natureza. Embora desconhecesse seus “mistérios”, sentia-se parte dela, tanto é que, ao arrancar uma árvore pedia licença ao espírito que nela morava, ou ao matar um animal, rezava por sua alma.

Bem antigamente, o sagrado estava por toda parte, presente em todas as coisas da natureza: montanhas, rios, animais, árvores, vento, relâmpago, chuva, mar, sol, etc. O homem sentia-se como parte desse encantamento que era a natureza, sabedor de que era ela a responsável por sua vida.

De acordo com muitos historiadores, o surgimento das religiões monoteístas deu-se em razão do homem que vivia no deserto onde a natureza era rude, perversa e castigava-o. Por sua vez, as religiões monoteístas mudaram toda a visão que o homem tinha sobre a natureza, o homem tirou a divindade da Terra e a transcendeu bem distante do planeta. E o homem passou a dominar a Terra, basta ver na Bíblia em Gêneses o recado transmitido ao poderoso humano:

“Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.”

Assim, as religiões monoteístas desmistificaram os espíritos dos rios, dos ventos, dos animais, das árvores, do ar, etc. O homem passou a ser senhor absoluto da Terra, não mais devendo nenhum respeito a qualquer forma de vida, nem mesmo aos de sua espécie. De humilde receptáculo dos elementos da natureza, que recebia como dádiva de mãe tão generosa, o homem inverteu a hierarquia de valores: a natureza passou a ser subserviente e submissa a ele, num processo de imolação sem tréguas. A ideia passou a ser a de que tudo no planeta foi criado por Deus com o objetivo único de servir o homem, o grande soberano, da forma que ele bem entendesse. Quanto mais progresso, mais violência contra a natureza.
E, por isso, os espíritos da Terra estão ganhando vida, retribuindo o desrespeito com inúmeras desgraças.

Diz a Bíblia que somos nós a “Coroa da Criação”.
Olhem, veja o que fazemos ao nosso “Planeta Terra”!
Matamos por ano bilhões de aves e animais. Destruímos milhões e milhões de acres de florestas todos os anos. Poluímos todos os rios que estejam ao nosso alcance. Depredamos cardumes de peixes e baleias. Já extinguimos sem pensar, por esse “direito bíblico”, dezenas de espécies de seres vivos.

Todos já devem ter ouvido a frase “Animais ameaçados de extinção”. Pois é, somos nós que os estamos extinguindo. E não venha me falar que a culpa não é do homem, é do pecado.

Poluímos nossos ares com milhões e milhões de toneladas de lixo gasoso a cada segundo. Nos matamos uns aos outros aos milhares, todos os anos, pelo mais diversos motivos...

E nós cremos nos dizemos escolhidos.

Eu particularmente não creio nisso. A verdade mostra-se outra.

Somos sim, “Coroas da Criação” de coisa alguma.

Temos sim, é muita soberba, ganância e falta de educação ecológica, falta de respeito e falta de amor pelo nosso planeta.

Nosso planeta está doente. E somos nós, “Pretensos Eleitos Divinos”, os causadores desta doença.

Estamos matando nossa morada a Terra. E assim caminha a humanidade!





sábado, 3 de maio de 2014

Antropoceno o Apocalipse Criado pelo Homem


Visão artística apocaliptica
Para uma ciência que trabalha com escalas relativas à história geológica da Terra é de 4,5 bilhões de anos, o surgimento do homem há cerca de 200 mil anos atrás (que me perdoe os religiosos criacionistas, mas fato são fatos e crenças são crenças) é um fenômeno recente e por isso costumava ocupar uma posição periférica nos estudos geológicos.
Em 1900, a população mundial era de aproximadamente 1,65 bilhões de pessoas. Esses números cresceram para aproximadamente 5 bilhões em meados dos anos 80 e então aumentou para 6 bilhões em apenas 12 anos. Em 1º de janeiro de 2014, a população da Terra chegou a 7,2 bilhões de pessoas. Estima-se que a população mundial se aproximará dos 10 bilhões em 2050. Esse aumento no crescimento da população está acelerando o processo atual de fadiga da Terra e as tendências não apresentam sinais de desaceleração.
A atividade humana transformou o planeta de forma tão permanente e vasta nos últimos dois séculos que a Terra entrou em uma nova época geológica, um período chamado Antropoceno. O crescimento populacional, a construção de metrópoles, o desmatamento e o uso de combustíveis fósseis provocaram um efeito no planeta comparável ao derretimento de geleiras ocorrido há 11.500 anos - evento que marca o início da época Holocena na escala de tempo geológico.
A agricultura se disseminou há cerca de 8 mil anos, desflorestando várias regiões do planeta, gerando um incremento de gás carbônico na atmosfera capaz de evitar uma nova idade do gelo. Hoje para alimentar 7,2 bilhões de pessoas o planeta já está à beira do colapso.
Durante o período de 4,5 bilhões de anos a Terra já passou por vários ciclos na escala geológica. E também sofreu devastações. A última ocorreu há 67 milhões de anos. A teoria é que um asteróide atingiu o planeta, o que provocou a alteração do clima e a extinção de espécies como os dinossauros. A era Mesozóica, dominada pelos répteis, foi seguida pela era Cenozóica - dos mamíferos - o que inclui o aparecimento de nosso ancestral comun.
Reconhecer a ideia do Antropoceno é reconhecer o impacto irreversível das atividades do homem, que afetam não somente os sistemas de água e recursos naturais do planeta, mas também o que essas ações significam no futuro das espécies.
Mais do que ocupar a superfície da Terra de forma extensa, - como já aconteceu em épocas anteriores - a urbanização, a globalização e o estilo de vida do homem contemporâneo estão transformando a forma como o planeta funciona.
Classificar o atual capítulo da história da Terra de Antropoceno funcionaria não somente como uma mera nomenclatura, mas como um alerta. As consequências do crescimento populacional mundial e as ações do homem não afetam o planeta apenas de forma local, mas provocam coletivamente um impacto na constituição da Terra e discutir isso serve para minimizar as consequências e danos irreversíveis que afetariam o globo da pior forma no futuro.

Vivemos uma nova era do planeta. A tese polêmica é defendida por vários cientistas. Nesse capítulo da história da Terra, chamado Antropoceno, as atividades dos seres humanos estariam influenciando as transformações no mundo, num ritmo acelerado. O nosso modo de vida - de produção e consumo alerta os especialistas, estão mexendo com o clima. E podem aumentar o risco de aquecimento do planeta.
O respeitado naturalista e apresentador de televisão britânico, David Attenborough, disse recentemente à BBC que o crescimento da população mundial estava "fora de controle.”
Há um claro consenso entre cientistas que a superpopulação é a causa principal dos problemas mais importantes que o mundo enfrenta e que algo precisa desesperadamente ser feito sobre isso.

Eles realmente acreditam que os seres humanos são uma praga sobre a terra e que irá, literalmente, destruir o planeta se são deixados à nossa própria sorte. Eles advertem que, se nada for feito sobre a explosão populacional, estaremos diante de um futuro cheio de pobreza, guerra e sofrimento em um planeta imundo desolado.



terça-feira, 29 de abril de 2014

Prosa de Pescador

Contos
Prosa de Pescador

O fim do dia se aproximava. Sobre a serra da Mantiqueira, o sol parecia apagar-se, tingindo de rubro os fiapos de nuvens que emolduravam os contornos da serra. As garças levantavam vôo e se recolhiam empoleirando em suas árvores. Era sexta-feira, hora do peixe frito. No Bar do Peixe lá no bairro das Pedras hoje São Geraldo onde os piraquara se reuniam para comer curimbatá frito, beber cachaça e contar causos de pescador. Eles eram em número de uns seis que ali estavam.
De repente, eis que surge diante deles Zé Jacinto convidado há tempos pelo Juvenal.
- Ôooo Zé Jacinto até que em fim você apareceu. - Juvenal disse.
- É só tô de passagem. – resmungou Zé Jacinto meio sem jeito.
- Senta aí e toma uma com a gente. – Dito falou. – Garcia, traga uma cachaça das boas pro o Zé Jacinto.
- Estamos aqui escutando um causo do Mané Ferpudo. Vaz vinte anos que Ferpudo conta este causo e até hoje não terminou. – disse Juvenal e todos caíram na gargalhada.
- Ué! Vocês nunca deixa terminar, sempre estão me interrompendo. – resmungou Ferpudo.
- Sabe Jacinto, Ferpudo tá tentando contar um causo de um pescador tal de Pedroso que vivia por estas bandas. Conta aí Ferpudo, conta. – Juvenal disse.
Enquanto Garcia servia cachaça e peixe frito, Tambira se aconchegou em um velho e tosco banco de pau.
- Naqueles tempos vivia por estas bandas um pescador chamado Pedroso...
- Xiiii, já vai principiar tudo de novo. – interrompeu comentando Ludovico.
Todos caíram na gargalhada.
- Viu só. Por isso é que nunca termino de contar o causo. – reclamou Ferpudo.
- Tá bom continue. – Falou Juvenal.
- Naqueles tempos...
Burburinho de risos.
- Naqueles tempos vivia por estas bandas um pescador chamado Pedroso, um dia ele foi procurado pelo vigário da Vila de Santo Antônio, o padre Vilela que queria ter uma prosa com ele. - Ferpudo fez uma pausa para dar uma mordida num curimbatá frito e tomar um gole de cachaça. 
- continua Ferpudo, continua. – disse Firmino.
- Padre Vilela queria tratar de uma maracutaia um tanto misteriosa. Na verdade o causo principia quando um figurão chamado Assumar ia passar por aqui e o padre queria impressionar o homem. Vocês sabem, vigário gosta de bajular. – Ferpudo fez outra pausa.
A essa altura todos já estavam embriagados e a maioria já nem ouvia o que Ferpudo dizia.
- Padre Vilela disse para o Pedroso encher uns três balaios de peixe e esconder dentro d’água na curva do rio. – com voz pastosa continuou o Mané Ferpudo. – Ladino que nem um gato Pedroso fez tudo direitinho...
A esta altura Ferpudo já estava roncando. Jacinto dá um cutucão no pé de Ferpudo e diz:
- Eita parou por quê? Continua o causo.
- Então né... - Ferpudo deu uma parada pra se situar no causo.
Ainda com a voz pastosa Mané Ferpudo continua:
- Todo bom pescador sabe que na curva de rio não dá peixe por causa do rebuliço das águas, mas Pedroso não estava ali pra pescar era só fingimento, então ele e mais dois companheiro subiam e desciam o rio puxando a rede esperando o sinal pra virar os balaios de peixe na canoa. Dentro da canoa um embrulho misterioso enrolado em folha de bananeira.
Depois de um cochilo a turma toda estava empolgada com o causo de Mané Ferpudo.
- Mais me diga uma coisa Ferpudo, que maracutáia é essa do vigário? – perguntou Fermino.
- Tá com muita pressa, espera eu terminar o causo. – retrucou Mané Ferpudo.
- Então vai lá. Continue. – Dito falou.
- Pois é... Antes de encher a canoa com os peixes do balaio Pedroso de vez em quando passava no porto e gritava pra turma que ali estava. Ferputo ficou em pé e gritou. - Tá ruim hoje não tá dando nada.
- Garcia traga mai peixe. – alguém da turma gritou.
- Daí veio o sinal pro Pedroso encher a canoa de peixe. Quando ele chegou ao porto Itaguaçu com a canoa cheia de peixe a turma ficou espantada. Todos queriam saber como foi que aconteceu. O dia estava ruim pra pesca, minuto antes à canoa estava vazia e der repente à canoa estava quase afundando com o peso de tanto peixe. O que foi que aconteceu? Era a grande pergunta. – completou Ferpudo.
- E daí como foi que Pedroso se explicou? – perguntou Zé Jacinto.
- Calma que eu chego lá. - Ferpudo falou.
- Então fala do embrulho misterioso enrolado na folha de bananeira. – Quis saber Juvenal.
- Óia... o papo tá bom mais tenho que ir embora se não dona Maria vai por eu pra dormir com o cachorro. – Ferpudo disse e foi saindo.
- Mas Ferputo termina o causo. – gritou Juvenal.
- Sexta-feira que vem eu termino. – gritou Mané Ferpudo.

J. Carlos Ribeiro
                                                                                                                       














domingo, 20 de abril de 2014

Revendo Fatos Históricos: O Cristianismo e a Bíblia

“Muitos fizeram comércio de ilusões e falsos milagres, enganando os ignorantes”
Leonardo Da Vinci
A Bíblia foi criada pelo homem como um relato histórico de uma época conturbada, e ela se desenvolveram através de incontáveis traduções, acréscimos e revisões. Portanto, o que se encontra na Bíblia não são palavras sagradas e sim um monte de regras de valores éticos para tentar colocar ordem em Roma. A história nunca teve uma versão definitiva do livro. É como se a Bíblia fosse um livro mitológico repleto de lições de moral por trás das diversas histórias encontradas nela. Porém a maioria dos fiéis toma a Bíblia como verdade e acreditam nas histórias absurdas contidas no livro. A verdade por trás da Bíblia, poucos sabem. E este era o objetivo da Igreja Católica. Esconder a verdade dos fiéis.

Antigo manuscrito grego do Novo Testamento
Jesus foi uma figura histórica de uma influencia incrível, talvez o mais enigmático e inspirador líder que o mundo jamais teve. Interessante dizer que sua vida foi registrada por milhares de seguidores em toda a região. Foram estudados mais de 80 evangelhos para compor o Novo Testamento, e, no entanto apenas alguns foram escolhidos: Mateus, Marcos, Lucas e João.

Pode-se dizer que o responsável pela criação da Bíblia foi o imperador romano, Constantino, o Grande. Constantino foi pagão a vida inteira, batizado apenas na hora da morte. Vale lembrar que na época de Constantino, a religião oficial de Roma era o culto de adoração ao Sol – o culto do Sol Invictus, ou do Sol Invencível -, e o imperador supramencionado era o sumo sacerdote.

Jesus em referência ao deus sol
Entretanto, Roma estava passando por um momento crítico em relação à religião. Nessa época estava ocorrendo uma revolução religiosa. Trezentos anos após o tempo de Jesus, seus seguidores haviam se multiplicado, resultando em uma luta entre cristãos e pagãos. O conflito chegou ao ponto de dividir Roma ao meio, levando Constantino a tomar uma atitude. O imperador, em 325 d.C. resolveu unificar Roma sob uma única religião: o cristianismo. Constantino utilizou várias estratégias para converter os pagãos adoradores do Sol em cristãos: fundindo símbolos, datas, rituais pagãos com tradição cristã em ascensão, ele gerou uma espécie de religião híbrida aceitável para ambas as partes. Ou seja, sincretismo.

Imperador Constantino o Grande
Os vestígios da religião pagã na simbologia cristã são inegáveis. Os discos solares egípcios tornaram-se as auréolas dos santos católicos. Os pictogramas de Ísis dando o seio a seu filho Hórus milagrosamente concebido tornaram-se a base para nossas modernas imagens de Virgem Maria com o Menino Jesus no colo. E praticamente todos os elementos do ritual católico – a mitra, o altar, a doxologia e a comunhão, o ato de “comer Deus”, por assim dizer – foram diretamente copiados de religiões pagãs místicas mais antigas.

Pode-se, portanto, concluir que nada é original no cristianismo, não existindo nem sequer um simbologista especializado em símbolos cristãos.
O Deus pré-cristão Mitra – chamado o Filho de Deus e a Luz do Mundo– nasceu no dia 25 de dezembro. Até mesmo o dia santo semanal dos cristãos foi roubado dos pagãos. Originalmente a cristandade celebrava o sabá judeu no sábado, mas Constantino mudou isso de modo que a celebração coincidisse com o dia em que os pagãos veneram o Sol. Até hoje, a maioria dos cristãos guardam o domingo sem fazer a menor idéia de que o domingo é um tributo semanal ao deus Sol, e por isso em inglês o domingo é chamado de Sunday, “dia do Sol” (Brown – 2004).

Poderoso símbolo do Mitraísmo (British Museum, London)
Para cristalizar a nova tradição cristã, Constantino criou o Concílio de Nicéia, que consistia em uma reunião ecumênica. Durante essa reunião muitos aspectos foram debatidos e receberam votação, como a data da Páscoa, o papel dos bispos e a administração dos sacramentos, “além, naturalmente, dadivindade de Jesus”.

Para conseguir unificar novamente o Império Romano e para lançar as bases do novo poderio do Vaticano, bastava declarar Jesus, o homem que todos veneravam, como um homem de origem divina. Deste modo, todos seguiriam suas palavras, até das mais absurdas, elaboradas por Constantino e o Concílio.
Concilio de Niséia ano 325 d.C.
Constantino, ao declarar oficialmente Jesus como “Filho de Deus”, transformou-o em uma divindade utópica, que existia além do alcance do mundo humano, cujo poder era incontestável. Ninguém poderia questionar suas palavras divinas, apenas obedecê-las. Cegos pela ignorância, os romanos passaram a seguir fielmente as palavras de Jesus elaboradas pelo Imperador e seu Concílio.

Isso não só evitava mais contestações pagãs à cristandade, como os seguidores de Jesus  poderiam se redimir através do canal sagrado estabelecido – a Igreja Católica Romana. Tudo não passou de uma disputa de poder. Cristo, como Messias, era fundamental para o funcionamento da Igreja e do Estado. Muitos estudiosos alegam que a Igreja Católica Romana literalmente roubou Jesus de seus seguidores originais, sufocando sua mensagem humana ao envolvê-la em um manto impenetrável de divindade e usando-a para expandir seu próprio poder (Brown - 2004).
Constantino aproveitou que todos respeitavam e veneram Cristo, e o usou para conseguir colocar ordem em Roma novamente. Para conseguir manter seu poder, utilizou como base algumas palavras de Jesus e construiu a Bíblia, resultando em um livro onde se encontra o que seria o certo e o errado segundo a ótica do Imperador. Pode-se dizer que “Constantino moldou a face da cristandade como a conhecemos hoje em dia”, diz Brown (2004).
Porém há milhares de documentos contendo crônicas da vida de Jesus como um homem mortal, pois Constantino o nomeou como divindade quase quatro séculos após o tempo de Jesus. A Bíblia feita por Constantino “omitia os evangelhos que falavam do aspecto humano de Cristo e enfatizada aqueles que o tratavam como divino. Os evangelhos anteriores foram considerados heréticos, reunidos e queimados”, aponta Brown (2004).

Convém dizer que a pessoa era considerada herege ao escolher os evangelhos proibidos ao invés da Bíblia Constantino. Neste momento da história surgiu, portanto, a palavra herege. Como diz Brown (2004): “A palavra latina hereticus significa “escolha”. Aqueles que “escolheram” a história original de Cristo foram os primeiros hereges do mundo.”

Entretanto, para a felicidade de alguns historiadores, conseguiu-se preservar alguns evangelhos que Constantino tentou extinguir. Em 1945 foram encontrados manuscritos coptas em Nag Hammadi, Egito. Também foram encontrados no deserto da Judéia na década de 50 os Manuscritos do Mar Morto em uma caverna perto do Qumran.

Além de contarem a verdadeira história do Graal, esses documentos falam do mistério de Cristo em termos muito humanos. Naturalmente, o Vaticano, mantendo sua tradição de enganar os fiéis, tentou com todas as forças evitar que esses manuscritos fossem divulgados. E por quê? Acontece que os manuscritos apontam certas discrepâncias e invencionices históricas, confirmando claramente que a Bíblia moderna foi compilada e revisada por homens com um objetivo político – promover a divindade do homem Jesus Cristo e usar Sua influência para solidificar a própria base de poder desses mesmos homens (Brown – 2004).
Pode-se dizer que o Clero dos dias atuais acredita que esses documentos que contradizem a divindade de Jesus são um falso testemunho. Para ele, a Bíblia de Constantino sendo foi verdadeira. “Não há ninguém mais doutrinado do que o próprio doutrinador” (Brown - 2004).
E sim, resgatem os segredos escondidos nas entrelinhas da história da humanidade! – afirmo.
Pode-se concluir que o cristianismo é a religião que teve a criação mais impura e falsa de todos os tempos. Sua criação não passou de uma estratégia para obter poder. Porém, vale lembrar-se dos verdadeiros atos e as verdadeiras palavras de Jesus; o que este homem quis nos passar é o importa. É importante enxergar além daquilo que está ao nosso alcance. Às vezes, as belas verdades estão no mais fundo esconderijo, e poucos conseguem vê-la. Pessoas, em sua maioria, dominadas pela preguiça e cegas pelo padrão que lhe é imposto, raramente conseguem despertar uma vontade de buscar o que realmente aconteceu e adotar uma nova ótica. O comodismo domina os humanos de tal forma, que a vida que levam rodeadas de mentiras, é bela mesmo assim. Mas nada como ver além do horizonte coberto de invencionices!







Manuscrito P52

O manuscrito P52 é um fragmento do Evangelho de João, escrito em grego, o papiro contém parte do capítulo 18 do citado evangelho, sendo que, na frente, contém os versículos 31 – 33 e, no verso, os capítulos 37-38.


Os historiadores que estudaram o fragmento no século XX afirmam que o P52, tenha sido escrito entre o período de 100 a 125 d.C. Pesquisas atuais argumentam que o estilo da escrita, leva a data entre 125 a 160 d.C.


O P52 é um fragmento do Novo Testamento mais antigo que se conhece. Foi encontrado no ano de 1920, por Bernard Grenfell no deserto do Antigo Médio Egito. Atualmente está exposto na Biblioteca de John Rylands, Manchester, Inglaterra.

sábado, 8 de março de 2014

Provas que o verdadeiro Evangelho foi escrito em Aramaico e não Grego


O Cristianismo ensina que o Novo Testamento foi escrito em grego. E por causa dessa falácia muitos cristãos estão caminhando por veredas perigosas. Faço está observação baseada em fatos históricos, bem como descobertas arqueológicas.

Os cristãos afirmam: Os manuscritos mais antigos são gregos.

O mais antigo Papiro grego que temos conhecimento do Novo Testamento é o Papiro P52 que são fragmentos de versículos do Evangelho de João, datado de meados do século II. O estilo e a maneira destes versículos suportam a maneira precisa dos antigos textos Aramaicos, ou seja, o estilo destes versículos suporta a versão que é oriunda do Aramaico.

Para começar, precisamos entender que a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto e, 1946, são de fato mais antigos que o TANAK (Antigo Testamento Judeu) e ele datam muito antes da Idade Média. Contudo, a nossa cópia mais antiga do Tanak é oriunda da cópia grega da LXX (Septuaginta) que foi escrito no quarto século; entretanto, ninguém argumentaria neste ponto que os originais do Tanak vieram do grego, como sendo o idioma original do Tanak, mas sim do hebraico, porém, desde que as cópias do Mar Morto foram encontradas, a nossa tradução do Tanak continua a mesma da LXX (Septuaginta que é uma tradução cheia de erros) do quarto século.

Os cristãos afirmam que: O Grego era a língua falada naquele tempo.

A língua de Jesus e seus primeiros seguidores era o Aramaico, uma língua semítica aparentada ao Hebraico, então falada pela maioria dos judeus na Judéia do primeiro século. Era em Aramaico que Jesus pensava e argumentava com seus amigos e antagonistas. Por ter afastado de suas origens semíticas o Cristianismo enveredou para a Ásia Menor de língua grega passou, então, o Cristianismo a conviver com o pensamento grego – o Novo Testamento – foi registrado em grego, o que constitui a forma mais antiga que possuímos do Novo Testamento. Esse transplante do Evangelho para o ambiente cultural e religioso completamente estranho do mundo pagão greco-romano influenciou sobremaneira o Cristianismo que o desfigurou sufocando a verdadeira mensagem de Jesus.

O historiador Flávio Josephus no primeiro século (37 a.C – 100 d.C) testifica o fato que os judeus do primeiro século falavam hebraico. Ele testifica que o hebraico, e não o grego era a língua daquele lugar, naquele tempo. Josephus fala a respeito da destruição do Templo no ano 70 d.C, e de acordo com ele os romanos tinham tradutores judeus que rogavam a eles a se renderem na sua própria língua (Guerras 5.9 e 2, Josephus).

As confirmações das palavras de Josephus são respaldadas pela arqueologia. As inscrições encontradas nas moedas de Bar Kohba (132 d.C.). Todas estas moedas estampam unicamente inscrições hebraicas. Outras incontáveis inscrições encontradas nas escavações do Monte do Templo, Massada, e em várias tumbas judaicas, tem revelado que nos primeiros séculos da Era Messiânica, as inscrições hebraicas mostram com profunda evidência que a linguagem usada era de fato o hebraico seguido do aramaico, e isto poderá ser confirmado nos mais antigos documentos daquele tempo, que têm sido descobertos em Israel.

A evidência final de que nos primeiros séculos os judeus conversavam e escreviam em hebraico e aramaico, poderá ser encontrada em outros documentos do primeiro século e também mais tarde. Isto inclui as Cartas de Gamaliel em aramaico (30 a.C. – 110 d.C.), as Guerras de Josephus em hebraico (75 d.C.), a Misnha em hebraico (200 d. C.) e a Gemara em aramaico (500 d. C.).
Um dos maiores pesquisadores e professor da Universidade de Oxford, Geza Vermes, onde leciona “Estudos Judaicos”, é também considerado um dos maiores especialistas acadêmicos sobre os Manuscritos do Mar Morto. Em pesquisas recentes, em livros do Mar Morto, publicado em seu livro: “As Várias Faces de Jesus”, ele deixa bem claro, que o Cristianismo atual, nada tem haver com o Movimento de Jesus do primeiro século. E reitera que, o elemento grego induzido do Messianismo do primeiro século, afastou a Igreja de suas raízes, culturais, tradição e língua, levando assim o elemento pagão para dentro dela.

E deixa claro, que a língua escrita e falada pelos primeiros seguidores de Jesus era o hebraico e não o grego. Nisto cremos!

Graças às novas descobertas dos historiadores e dos arqueólogos do Antigo Oriente Médio, nosso conhecimento da história e da cultura do mundo bíblico aumentou enormemente. Os especialistas adquiriram muitos conhecimentos novos sobre a gramática e vocabulário das línguas (hebraico e aramaico). Essas abordagens em particular possibilitam o estudo da Bíblia num terreno “neutro” ou “não-cofecional”, supostamente excluindo questões de crenças pessoais sobre as exigências religiosas com as quais esses textos por sua própria natureza confrontam o leitor.

Tudo no mundo evolui... Não é inacreditável como a Igreja continua a insistir em não evoluir com o mundo? Está agarrada ao passado. Agarrada a um conjunto de valores e prioridades completamente díspares da realidade.



sexta-feira, 7 de março de 2014

A Seita de Qumran e o Cristianismo

No entusiasmo dos primeiros dias de descoberta, antes que o material escrito pudesse ser adequadamente avaliado, alguns notaram diversas semelhanças superficiais entre o ensino e a prática de Qumran e os do Cristianismo. Conclui-se rapidamente que as origens do Cristianismo deviam ser buscadas nesta seita judaica (os essênios). Considerações mais abalizadas, porém, mostra que este quadro é bastante falso. As diferenças entre os dois sistemas são enormes e não existe qualquer fundamento para pensar que o Cristianismo está ligado á seita de Qumran.

Passaram-se cerca de 68 anos desde o dia em que um jovem pastor beduíno da tribo dos Ta’amireh descobria acidentalmente numa gruta inacessível junto a Wadi Qumran, à beira do Mar Morto, um grupo de antigos manuscritos hebraicos e aramaicos depositado em jarras.

Os resultados dessas descobertas são igualmente conhecidos: das onze grutas recuperaram-se milhares de fragmentos provenientes duns 800 manuscritos diferentes; tais manuscritos cobrem a totalidade da Bíblia hebraica e uma grande quantidade de escritos em que nos são revelados a organização, as crenças e as aspirações religiosas da antiga seita judaica.

Um dos elementos mais sensacionais dessa descoberta foi à antiguidade dos textos: todos os manuscritos são anteriores à catástrofe do ano 70 e uma boa parte procede dos séculos II e I aC. Outro elemento fascinante é que agora, pela primeira vez, possuímos uma grande quantidade de obras religiosas que chegam diretamente até nós completamente livres de qualquer intervenção posterior; tanto da intervenção da censura judaica, como da censura cristã.

A razão para as semelhanças superficiais nos ensinamentos está no fato de que o Cristianismo toca repetidamente e rapidamente na maneira de pensar do povo judeu da época e oferece a sua própria solução. O problema é que o Cristianismo como nós conhecemos se distanciou enormemente do judaísmo do primeiro século, deixando as raízes do judaísmo para trás a partir do quarto século Greco-romano. Portanto, não existe nenhuma evidência clara de qualquer contato direto com a comunidade de Qumran e os primeiros seguidores de Jesus e muito menos do Cristianismo pós-quarto século. 





quinta-feira, 6 de março de 2014

Pareidolia

A pareidolia é um fenômeno psicológico que envolve um estimulo vago e aleatório, geralmente uma imagem ou som, sendo percebido como algo distinto e com significado.  É comum ver imagens que parecem ter significado em nuvens, montanhas, solos rochosos, florestas, líquidos, janelas embaçadas e outros tantos objetos e lugares. Ela também acontece com sons, sendo comum em músicas tocadas ao contrário, como se dissessem algo.







A pareidolia está em muitos casos ligados a percepções de temas e imaginário religioso, especialmente faces de personagens religiosos, em fenômenos mundanos, por exemplo, em vidros de janelas, umidades em parede em tronco de árvores. Não importa se é apenas uma mijada no muro ou uma torrada queimada, se aparece à feição de Jesus, Virgem ou outro santo, logo aparece alguém adorando. A pareidolia não se limita a entidades religiosas é neste metiê que quase sempre adquire uma maior notoriedade.

Em Berezne, Ucrânia, uma mancha na parede converteu-se em objeto de culto por religiosos, que dizem se tratar de mais uma aparição santa. Em meio à pareidolia, senhorinhas beijam a “imagem” no local que se tornou um lugar de peregrinação.



No dia 14 de julho de 2004, em Ferraz de Vasconcelos, na vidraça de uma casa o fenômeno da pareidolia fez se notar a figura de uma Virgem Santa. Para os religiosos mais uma aparição da santa e o local se tornou um lugar de culto e peregrinação.