domingo, 1 de dezembro de 2013

Pedra Lápis-Lazúli

Montanhas de Badakhshan, Afeganistão

Uma explosão rasga o silêncio das montanhas de Badakhshan, uma província árida do noroeste do Afeganistão. Depois mais uma, até completar sete deflagrações, cada seguida da outra por um eco ensurdecedor que faz o visitante acreditar que está no meio de um combate sem trégua.

Mas aqui, nenhuma batalha, apenas a luta dos homens para encontrar o seu ganha pão de cada dia.

A pedra azul profundo é encontrada aqui nas falésias do Afeganistão, escondida entre as veias de mármore.

Por mais de 6.500 anos, a busca trabalhosa por uma pedra semipreciosa, o lápis-lazúli, nunca parou. Entre dinamite, suor, luxo e guerras, a história do lápis-lazúli através dos tempos contou com a intromissão de grandes figuras da história. Dos sumérios até o comandante Massoud, através de Michelangelo e Marie Antoinette todos têm em comum: a procura do precioso azul escuro.

Lápis-lazúli, conhecido também como lápis azul, é uma rocha metamórfica de cor azul utilizada como gema ou como rocha ornamental desde antes de 7.000 a.C. em Mehrgarh, na Índia, situada nos dias de hoje no Paquistão. A sua cor, azul-escura e opaca, fez com que esta gema fosse altamente apreciada pelos faraós egípcios, como pode ser visto por seu uso proeminente em muitos dos tesouros recuperados dos túmulos faraônicos. É ainda extremamente popular hoje. Do latim, a palavra significa “pedra azul.”


No antigo Egito, o lápis-lazúli era a pedra favorita para amuletos e ornamentos; foi usado também pelos assírios e pelos babilônicos nos selos cilíndricos (locais onde se gravavam pinturas contando a história do povo). As escavações egípcias que datam de 3000 a.C. continham milhares de artigos como jóias, muitos feitos de lápis. Os lápis pulverizados foram usadas por senhoras egípcias como uma sombra cosmética para o olho.

Como inscrito no capítulo 140 do Livro dos Mortos egípcio, o lápis-lazúli, na forma de um olho ajustado no ouro, foi considerado um amuleto de grande poder. No último dia do mês, oferecia-se este olho simbólico, porque se acreditava que, nesse dia, um ser supremo colocou tal imagem em sua cabeça. Os antigos túmulos reais sumérios de Ur, situados perto do rio Eufrates no baixo Iraque, continham mais de 6.000 estatuetas belamente executadas, de lápis-lazúli, de pássaros, cervos e roedores, bem como pratos, grânulos e selos de cilindro. Estes artefatos vieram indubitavelmente do material minerado em Badakhshan no norte do Afeganistão.

Segundo os esotéricos, esta pedra está associada ao poder!!! O lápis-lazúli tem o poder da clarividência e da intuição e, geralmente é usada em  meditações, pois  serve como purificador mental e espiritual. Além do que, o lápis-lazúli ajuda as pessoas  a desenvolverem a estabilidade e o poder da mente que possibilitara a atuação da força espiritual delas… O Lápis-lazúli atrai a mente para o interior à procura de sua própria fonte de poder.
No Egito antigo esta pedra era conhecida como a cor dos deuses e venerada como uma mensageira do céu. Os egípcios acreditavam que ao meditar sobre essa cor de pedra (azul), podiam tocar a barra do manto infinito de Deus.
Minha coleção de pedras Lápis-lazúli