segunda-feira, 2 de novembro de 2015

A morte não é o fim



A morte não é o fim; é o inicio da decomposição

A morte não é o fim; é o inicio da decomposição. Este é um pensamento genuinamente hebreu do primeiro Templo. Naquele período o conceito da vida após a morte era uma existência sombria e escura chamada sheol. Quando uma pessoa morria, era o fim.
No período do segundo Templo, o sincretismo religioso com os povos babilônicos e especialmente os persas os conceitos céu e inferno, anjos e demônios e a imortalidade da alma passou a fazer parte do pensamento dos povos israelitas.
No cristianismo, de uma maneira geral (católicos, protestantes e evangélicos) a doutrina da imortalidade da alma ganhou força com o pensamento grego. Alma: a parte espiritual do homem que se julga continuar viva após a morte recebe um tratamento todo especial por parte dos ensinamentos de Platão. A doutrina de que a alma humana é imortal e continua a existir após a morte do homem é um dos fundamentos da teologia cristã.
Talvez o surpreenda saber, pois, que essa crença fundamental deriva-se da filosofia pagã.

J. Carlos Ribeiro

Formação teologia e historiador das religiões judaico-cristãs e suas escrituras.