domingo, 29 de julho de 2012

Cinema: série "Aconteceu nos Mottas"

Aconteceu nos Mottas


Kadil é um fazendeiro que descobre por acaso a existência de ouro em um rio que corta o vilarejo onde mora. Ele é um homem maldoso e sem escrúpulos, que gosta de ser chamado de "Sheriff" para deixar claro seu poder na região. Depois de saber da existência do ouro, começa a comprar as terras de moradores pobres e cria um garimpo, onde o trabalho é árduo, desumano e vigiado por capangas. Sua maldade fica marcada quando, ao comprar as terras de uma família pobre, que quer se mudar para a cidade em busca de melhores condições de vida promete dar um futuro promissor à jovem Cássia. Porém, ela descobre tarde demais que na verdade será usada como prostituta, para alegrar e distrair os garimpeiros.
Depois de sofrer abusos e humilhações, decide fugir, com ajuda de uma funcionária da fazenda.
Júlio César, um dos capangas de confiança de Kadil, disfarçado de coveiro, tem a missão de esconder o ouro do garimpo em caixões de defunto para não despertar a atenção de ladrões.
Franco, um homem de negócios, conhecedor de pedras preciosas e ouro, compra o ouro e estimula a produção do garimpo sem se importar com a escravidão dos trabalhadores.
Padre José, homem ganancioso que se une ao fazendeiro, com a intenção de obter donativos constantes para a reforma da igreja, recebe propina para ficar calado diante das atrocidades cometidas na região.
Gilberto, um homem misterioso que aparece na região com a missão de encontrar a moça que foi vendida e trazê-la de volta à família.


Poster oficial da série Aconteceu nos Mottas

domingo, 15 de julho de 2012

Mud Man: Enterrados na Lama

Johnny Vaughan e Steve Brooker
Você já ouviu falar em um "Mudlaker"? Mudlakers são caçadores de tesouro que fica enterrado na lama, na esperança de encontrar um tesouro histórico.
Nesta postagem vou mostrar dois famosos Mudlakers, Johnny Vaughan e Steve Brooker.
Vaughan e Brooker são protagonistas da série "Mud Man" no Canal History.

Rio Tâmisa em Londres, foto By: Z3VIEW
Rio Tâmisa, London, foto By: Z3VIEW
Com a St. Paul's Cathedral e Tower of London ao fundo, vestido com macacões impermeáveis, eles vão à busca de tesouros históricos escondidos na lama do Rio Tâmisa.

Johnny e Brooker desenterrando tesouro na lama
Material garimpado na lama do rio Tâmisa
Moedas encontrada da lama do rio Tâmisa 
A ocupação em torno do Rio Tâmisa, é estimada em 2000 anos, o que faz da lama do rio um baú de tesouros para Vaughan e Brooker.










segunda-feira, 9 de julho de 2012

Revolução de 1932: O Fantasma da Morte

Cartaz convocando voluntários para a Revolução
Para os paulistas, o dia 9 de julho tem um grande significado, a ponto de ser feriado estadual. Para entender o significado de 9 de julho vamos dar uma rápida pincelada na história.
A Revolução Constitucionalista de 1932, foi um movimento armado ocorrido no Estado de São Paulo, Brasil, que tinha por objetivo a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituinte para o Brasil.
Foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, a qual acabou com a autonímia de que os Estados gozavam durante a vigência da Constituição de 1891.
Na primeira metade do século XX, o Estado de São Paulo vivenciou um acelerado processo de industrialização e enriquecimento devido aos lucros da monocultura do café e à articulação da "Política Café com Leite", criada pelo presidente da República Campos Sales, pela qual se alternavam na presidência da República políticos dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais.
Em 1929, o governo de Washington Lúis, ao nomear o paulista Júlio Prestes, preteriu a vez de Minas Gerais no jogo de sucessão presidencial, rompendo a "Política do Café com Leite", na qual São Paulo e Minas Gerais, alternavam-se no poder, desde o governo de Afonso Pena (1906-1909) que substituiu o paulista Rodrigues Alves na presidência da República.
De acordo com o revezamento Minas Gerais - São Paulo na presidência da República, o candidato oficial, em 1930, deveria se um mineiro, Antonio Carlos. Porém, Washington Luís, indicou Júlio Prestes como candidato oficial à presidência da República nas eleições de 1 de março de 1930. Minas Gerais, então, rompe com São Paulo, une-se à bancada gaúcha no Congresso Nacional e promete apoio a Getúlio Vargas.
Getúlio Vargas (1930)
Em 3 de outubro de 1930 estoura a insurreição. Os rebeldes tomam os três Estados que irradiam a revolução: Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba e rumam para a Capital Federal (Rio de Janeiro). 
Em 24 de outubro de 1930, um golpe militar liderado por comandantes militares no Rio de Janeiro, depõe Washington Luís e entrega em 3 de novembro de 1932, o poder a Getúlio Vargas.
O Golpe de Estado que levou Vargas ao poder, aumentou muito a insatisfação no Estado de São Paulo. Vargas concentrou poder e nomeou interventores nos Estados.
No Estado de São Paulo era grande a insatisfação com o Governo de Vargas. Os paulistas esperavam a convocação de eleições, mas dois anos se passaram e o governo provisório de Vargas se mantinha.
No ano de 1931, a queda do preço do café, em conseqüência da crise Mundial de 1929, motivou o deslocamento das populações camponesas para os centros urbanos de São Paulo.
Os problemas sociais causados pelo inchaço urbano agravaram o cenário já marcado pela crise econômica e as mudanças políticas.
Como Vargas não atendeu as reivindicações dos paulistas, em maio de 1932 começaram uma série de manifestações de rua contrarias ao governo de Vargas. Numa destas manifestações, houve forte reação policial, ocasionando a morte de quatro estudantes (Martins, Miranda, Dráusio e Camargo). As iniciais dos nomes destes estudantes (MMDC) transformaram-se no símbolo da revolução.
Mobilização popular em São Paulo
Em 9 de julho de 1932 teve início a Revolução Constitucionalista, que foi uma verdadeira guerra civil visando à derrubada da ditadura de Vargas. Os combates ocorreram, principalmente, no Estado de São Paulo, região sul do Mato Grosso e região sul de Minas Gerais.
Principal acesso para o Rio de Janeiro, o Vale do Paraíba era visto pelos paulistas como teatro principal da guerra.
Trincheira 
Porém, com a traição dos outros Estados, o plano imaginado por São Paulo não se concretizou: Rio Grande do Sul e Minas Gerais foram compelidos por Vargas a se manterem ao seu lado e a publicidade de pretensão separatista do movimento levou São Paulo a se ver sozinho, com apoio de apenas algumas tropas mato-grossenses, contra o restante do Brasil.
O Estado de São Paulo, apesar de contar com mais de quarenta mil soldados, estava em desvantagem. Por falta de apoio e a traição de outros Estados, São Paulo se encontrava num grande cerco militar.
Como as fronteiras do Estado foram fechadas, não havia como adquirir armamento para o conflito, assim muitos voluntários levaram suas próprias armas pessoais e engenheiros da Escola Politécnica do Estado e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas passaram a desenvolver armamentos a serem produzidos pelo próprio Estado para suprir as tropas. As deficiências eram tantas, que os paulistas tiveram que improvisar algumas "armas" digamos, alternativas bem curiosas.
Matraca
A Matraca, por exemplo, era uma roda dentada com uma manivela que, quando girava em alta velocidade, produzia um ruído: tá, tá, tá, tá, tá, simulando uma metralhadora disparando, e sugeria um suposto alto poder de fogo das tropas paulistas. Uma das armas mais sofisticadas feitas pela industria paulista foi o trem blindado, o "Fantasma da Morte", usado na campanha militar no Vale do Paraíba.

O Fantasma da Morte sendo abastecido na estação ferroviária de Guaratinguetá
Os combates mais importantes se deram na região do "Túnel da Mantiqueira" que divide São Paulo de Minas Gerais e que era considerado um ponto militar estratégico de grande importância.
Túnel da Mantiqueira
O Batalhão Ferroviário que atuava na Estrada de Ferro Central do Brasil dava apoio logístico e operacional ao Trem Blindado, o grande TB6, também conhecido como "Fantasma da Morte".
Batalhão Ferroviário
O Fantasma da Morte foi utilizado pelos paulistas no ramal de Piquete, em 1032. A composição era formada por dois vagões blindados, com canhões e bateria antiaérea. Além de carregar a tropa para o campo de batalha o trem era usado como veículo blindado de combate.
O Fantasma da Morte era uma Maria-Fumaça que os paulistas transformaram em máquina de guerra.
A jovem está pousando próximo ao canhão do Fantasma da Morte
Segundo Fernando Penteado Medici, a presença do Fantasma da Morte causava pavor e pânico aos ditatoriais, fazendo-os abandonar as posições. A estreia da composição ocorreu no dia 4 de agosto de 1932.
O Fantasma da Morte era revestido em aço e com pintura camuflada. Possuía canhão e metralhadora e carregava dois potentes holofotes na parte superior.
Com o fim da Revolução, em outubro de 1932, o veículo foi levado pelo o Exército e posteriormente desmontado.

Fonte:
VNews
Wikipédia






sábado, 7 de julho de 2012

Aparecida: Bonfim o retrato do descaso

O que você verá nesta postagem é o retrato do descaso, do desrespeito e do abandono de um patrimônio histórico, a igreja do Bonfim em Aparecida - SP.
Construída em 1880, pelo rico fazendeiro português José Pereira Barbosa. A igreja dedicada ao Senhor Bom Jesus, ergue-se imponente, mas solitária na zona rural de Aparecida, num lugar privilegiado pela natureza, no sopé da majestosa Serra Quebra Cangalha.
Segundo conta a tradição, que em uma viagem a Europa, Pereira Barbosa fez uma parada em Salvador, Bahia, onde visitou a igreja do Senhor Bom Jesus do Bonfim. Deslumbrado com a imponência da igreja resolveu construir uma igual em sua propriedade.
O fazendeiro gastou mais de 50 Contos de Réis na construção (uma fortuna). Encomendou ao Mestre José Romão a execução do altar-mor, todo em madeira entalhada a canivete. A pintura da ascensão de Jesus Cristo, no frontal interno da igreja, é do pintor José Pinto e retrata, em primeiro plano, José Pereira Barbosa no canto inferior esquerdo ao lado dos personagens bíblicos. No altar lateral direito encontram-se os restos mortais do fazendeiro José Pereira Barbosa.

Altar-mor em madeira entalhada a canivete pelo Mestre José Romão
Pintura da Ascensão de Jesus Cristo, no frontal interno da igreja, onde vemos em primeiro plano, José Pereira Barbosa
Altar lateral direito onde jaz os restos mortais do fazendeiro
Todos os paramentos litúrgicos foram trazidos de Portugal, para que em 1890 a igreja fosse consagrada e inaugurada com grande festa.
E foi em torno dessa igreja que surgiu o povoado do Bonfim no final do século XIX. Em 1906, já havia no local 28 residências. O povoado contava com lojas, padaria, armazém, farmácia e escola. Havia também barbeiro, alfaiate, ferreiro e outros profissionais de serviços. Dizem que havia dois cemitérios um dos quais atrás da igreja.
Mas a prosperidade do povoado do Bonfim estava com seus dias contados. Com o fim do ciclo do café na região, por volta de 1928 o povoado entrou em decadência. E hoje o que restou é um triste cenário de abandono e de esquecimento.
Apesar das festas anuais e de missas mensais, fico estarrecido diante da enormidade do descaso do que restou desse povoado, a igreja do Bonfim.
O que era para ser cuidado e preservado está praticamente em ruínas. Ali está exposto o descaso irresponsáveis de várias instâncias: a arquidiocese de Aparecida, a paróquia de Sant'Ana em Roseira, a Prefeitura do município de Aparecida, que faz vista grossa e a comunidade passiva que não cobra.
Veja o retrato deste descaso:

Pilar em madeira do altar-mor que está sendo consumido pelos cupins
Os cupins já devoraram grande parte do altar-mor
Parte da pintura do frontal interno da igreja está sendo destruído pela infiltração
A infiltração já danificou grande parte do telhado e o forro da igreja
As rachadoras na coluna de canto está comprometendo toda a estrutura da igreja
Segundo o professor Luiz de Moura, Manoel Alves Nunes (carinhosamente conhecido por Manezinho), quando prefeito municipal de Aparecida (gestão 1969-1972) planejou a abertura de uma estrada panorâmica sobre o Morro do Tabuleiro, ligando Aparecida ao Bonfim.
Naquela época quando ninguém falava em ecologia, Manezinho já cogitava em transformar toda a área no entorno da igreja do Bonfim num parque - o parque das cachoeiras. Tudo isso ficou nos planos e nos sonhos.

Vista frontal da igreja do Bonfim
Uma visão do entorno da igreja
Visão panorâmica vista da torre da igreja (foto By: Gilberto Borges)
Muito da história e identidade do povoado do Bonfim é desconhecida. Agora o que sobrou, a igreja do Bonfim está para ser apagada de forma deliberada pelo descaso.
A proposta é de "recuperação urgente" da igreja e a "revitalização" do entorno que visa resgatar a identidade histórica, cultural, social, e o meio ambiente natural visando o grande potencial turístico da região.
Vale ressaltar que preservar significa salvaguardar a memória e os valores que, originalmente, levaram a se considerar aquele personagem, aquele lugar, aquele objeto, aqueles prédios como patrimônio da coletividade.
Faço das palavras do professor Luiz de Moura as minhas palavras, que é ver aquela região recuperada e transformada num parque ecológico municipal ou estadual. Nossa zona rural precisa ser urgentemente redescoberta, valorizada e usada.











quarta-feira, 4 de julho de 2012

Cinema: Aconteceu nos Mottas - parte 1, 2, 3 e 4

Primeira parte da série "Aconteceu nos Mottas"



Segunda parte da série "Aconteceu nos Mottas"




Terceira parte da série "Aconteceu nos Mottas"



Quarta parte da série "Aconteceu nos Mottas"








Um filme com atores voluntários. Direção e roteiro Gilberto Borges