domingo, 4 de maio de 2014

Religiões Monoteístas Fazem Mal a Terra

É de se pressupor que, quanto mais a humanidade avança em tecnologia, maiores sejam os seus conhecimentos a respeito do planeta onde vive. Mas não é bem assim. Há relatos, por exemplo, de que antes de o tsunâmi arrastar consigo inúmeras vidas no leste da Ásia, os animais fugiram das partes baixas, procurando abrigo nos lugares mais altos, enquanto as pessoas, envolvidas em seus afazeres, de nada se aperceberam, pois desaprenderam de observar os sinais enviados pela natureza, como se fosse corpos estranhos inseridos nela.
As pessoas que viviam no norte da Europa há cerca de 10.000 anos atrás, eram descendentes dos primeiros humanos modernos, ou Homo Sapiens, que chegaram ao norte da Europa cerca de 30.000 - 40.000 anos atrás.

Numa terra praticamente virgem, homens, mulheres e crianças viviam em bandos isolados uns dos outros. Alimentavam-se do que conseguiam com uma agricultura muito rudimentar, da caça e do que simplesmente catavam no mato. Eram seminômades, ou seja, ficavam num lugar apenas tempo suficiente para comer o que estava ao seu alcance, aí levantavam acampamento e iam embora. Suas vilas não eram nada mais do que simples acampamentos. Não construíam muita coisa além de totens ou amontoados de pedras. Não criaram escritas. Não tinham sistema político e seus líderes eram uma mistura de patriarca com guia espiritual.
A natureza era a expressão máxima da Deusa Mãe. A divindade máxima era feminina, a Deusa Mãe, cuja manifestação era a própria natureza e por isso a sociedade embora não fosse matriarcal mesmo assim a mulher era soberana no domínio das forças da natureza. A religião era politeísta com características animistas, sendo os ritos quase sempre realizados ao ar livre.

Naquele tempo, ainda que o homem vivesse da caça e também derrubassem árvores, havia uma interação entre ele e a natureza. Embora desconhecesse seus “mistérios”, sentia-se parte dela, tanto é que, ao arrancar uma árvore pedia licença ao espírito que nela morava, ou ao matar um animal, rezava por sua alma.

Bem antigamente, o sagrado estava por toda parte, presente em todas as coisas da natureza: montanhas, rios, animais, árvores, vento, relâmpago, chuva, mar, sol, etc. O homem sentia-se como parte desse encantamento que era a natureza, sabedor de que era ela a responsável por sua vida.

De acordo com muitos historiadores, o surgimento das religiões monoteístas deu-se em razão do homem que vivia no deserto onde a natureza era rude, perversa e castigava-o. Por sua vez, as religiões monoteístas mudaram toda a visão que o homem tinha sobre a natureza, o homem tirou a divindade da Terra e a transcendeu bem distante do planeta. E o homem passou a dominar a Terra, basta ver na Bíblia em Gêneses o recado transmitido ao poderoso humano:

“Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.”

Assim, as religiões monoteístas desmistificaram os espíritos dos rios, dos ventos, dos animais, das árvores, do ar, etc. O homem passou a ser senhor absoluto da Terra, não mais devendo nenhum respeito a qualquer forma de vida, nem mesmo aos de sua espécie. De humilde receptáculo dos elementos da natureza, que recebia como dádiva de mãe tão generosa, o homem inverteu a hierarquia de valores: a natureza passou a ser subserviente e submissa a ele, num processo de imolação sem tréguas. A ideia passou a ser a de que tudo no planeta foi criado por Deus com o objetivo único de servir o homem, o grande soberano, da forma que ele bem entendesse. Quanto mais progresso, mais violência contra a natureza.
E, por isso, os espíritos da Terra estão ganhando vida, retribuindo o desrespeito com inúmeras desgraças.

Diz a Bíblia que somos nós a “Coroa da Criação”.
Olhem, veja o que fazemos ao nosso “Planeta Terra”!
Matamos por ano bilhões de aves e animais. Destruímos milhões e milhões de acres de florestas todos os anos. Poluímos todos os rios que estejam ao nosso alcance. Depredamos cardumes de peixes e baleias. Já extinguimos sem pensar, por esse “direito bíblico”, dezenas de espécies de seres vivos.

Todos já devem ter ouvido a frase “Animais ameaçados de extinção”. Pois é, somos nós que os estamos extinguindo. E não venha me falar que a culpa não é do homem, é do pecado.

Poluímos nossos ares com milhões e milhões de toneladas de lixo gasoso a cada segundo. Nos matamos uns aos outros aos milhares, todos os anos, pelo mais diversos motivos...

E nós cremos nos dizemos escolhidos.

Eu particularmente não creio nisso. A verdade mostra-se outra.

Somos sim, “Coroas da Criação” de coisa alguma.

Temos sim, é muita soberba, ganância e falta de educação ecológica, falta de respeito e falta de amor pelo nosso planeta.

Nosso planeta está doente. E somos nós, “Pretensos Eleitos Divinos”, os causadores desta doença.

Estamos matando nossa morada a Terra. E assim caminha a humanidade!





sábado, 3 de maio de 2014

Antropoceno o Apocalipse Criado pelo Homem


Visão artística apocaliptica
Para uma ciência que trabalha com escalas relativas à história geológica da Terra é de 4,5 bilhões de anos, o surgimento do homem há cerca de 200 mil anos atrás (que me perdoe os religiosos criacionistas, mas fato são fatos e crenças são crenças) é um fenômeno recente e por isso costumava ocupar uma posição periférica nos estudos geológicos.
Em 1900, a população mundial era de aproximadamente 1,65 bilhões de pessoas. Esses números cresceram para aproximadamente 5 bilhões em meados dos anos 80 e então aumentou para 6 bilhões em apenas 12 anos. Em 1º de janeiro de 2014, a população da Terra chegou a 7,2 bilhões de pessoas. Estima-se que a população mundial se aproximará dos 10 bilhões em 2050. Esse aumento no crescimento da população está acelerando o processo atual de fadiga da Terra e as tendências não apresentam sinais de desaceleração.
A atividade humana transformou o planeta de forma tão permanente e vasta nos últimos dois séculos que a Terra entrou em uma nova época geológica, um período chamado Antropoceno. O crescimento populacional, a construção de metrópoles, o desmatamento e o uso de combustíveis fósseis provocaram um efeito no planeta comparável ao derretimento de geleiras ocorrido há 11.500 anos - evento que marca o início da época Holocena na escala de tempo geológico.
A agricultura se disseminou há cerca de 8 mil anos, desflorestando várias regiões do planeta, gerando um incremento de gás carbônico na atmosfera capaz de evitar uma nova idade do gelo. Hoje para alimentar 7,2 bilhões de pessoas o planeta já está à beira do colapso.
Durante o período de 4,5 bilhões de anos a Terra já passou por vários ciclos na escala geológica. E também sofreu devastações. A última ocorreu há 67 milhões de anos. A teoria é que um asteróide atingiu o planeta, o que provocou a alteração do clima e a extinção de espécies como os dinossauros. A era Mesozóica, dominada pelos répteis, foi seguida pela era Cenozóica - dos mamíferos - o que inclui o aparecimento de nosso ancestral comun.
Reconhecer a ideia do Antropoceno é reconhecer o impacto irreversível das atividades do homem, que afetam não somente os sistemas de água e recursos naturais do planeta, mas também o que essas ações significam no futuro das espécies.
Mais do que ocupar a superfície da Terra de forma extensa, - como já aconteceu em épocas anteriores - a urbanização, a globalização e o estilo de vida do homem contemporâneo estão transformando a forma como o planeta funciona.
Classificar o atual capítulo da história da Terra de Antropoceno funcionaria não somente como uma mera nomenclatura, mas como um alerta. As consequências do crescimento populacional mundial e as ações do homem não afetam o planeta apenas de forma local, mas provocam coletivamente um impacto na constituição da Terra e discutir isso serve para minimizar as consequências e danos irreversíveis que afetariam o globo da pior forma no futuro.

Vivemos uma nova era do planeta. A tese polêmica é defendida por vários cientistas. Nesse capítulo da história da Terra, chamado Antropoceno, as atividades dos seres humanos estariam influenciando as transformações no mundo, num ritmo acelerado. O nosso modo de vida - de produção e consumo alerta os especialistas, estão mexendo com o clima. E podem aumentar o risco de aquecimento do planeta.
O respeitado naturalista e apresentador de televisão britânico, David Attenborough, disse recentemente à BBC que o crescimento da população mundial estava "fora de controle.”
Há um claro consenso entre cientistas que a superpopulação é a causa principal dos problemas mais importantes que o mundo enfrenta e que algo precisa desesperadamente ser feito sobre isso.

Eles realmente acreditam que os seres humanos são uma praga sobre a terra e que irá, literalmente, destruir o planeta se são deixados à nossa própria sorte. Eles advertem que, se nada for feito sobre a explosão populacional, estaremos diante de um futuro cheio de pobreza, guerra e sofrimento em um planeta imundo desolado.