segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

A MAIOR HISTÓRIA ALGUMA VEZ CONTADA

Quanto mais estudamos aquilo que julgamos conhecer, mais compreendemos que nos enganaram ao longo das nossas vidas e se nada fizermos nada nos ajudará a atingir a verdade. Somos enganados por todos desde sempre, pelas grandes organizações, instituições e movimentos políticos e religiosos, todas fazem precisamente o contrário daquilo que tanto apregoam.
O Destino é igual ao Ponto Parida e assim é o ciclo da Vida, da Essência e da Consciência.
Se nos orientarmos por este paradigma encontraremos toda a verdade dentro de nós e só o autoconhecimento nos libertará desta amálgama de mentiras em que vivemos, só se nos conhecermos a nós próprios é que conheceremos o Universo. 
A história da humanidade está repleta de pinturas e escrituras que demonstram o total respeito e veneração de todos os povos pelo Sol, dado que o sol nasce todas as manhas, trazendo consigo visão, calor, salvando o homem quer do frio quer da noite repleta dos seus predadores. Todas as culturas, desde cedo, se aperceberam que não haveria vida no planeta, quer vegetal quer animal, caso este astro não existisse. Esta realidade tornou o sol o astro mais adorado de todos os tempos.
Da mesma forma tinham também a completa noção das estrelas, estas formam padrões que lhes permitiram reconhecer e antecipar eventos que ocorreram no futuro catalogaram grupos celestiais, vulgarmente conhecidas por constelações, e construíram a Cruz do Zodíaco através desse mesmo conhecimento aprofundado sobre astros.
A Cruz do Zodíaco representa o trajeto do Sol através das doze maiores constelações no decorrer de um ano, as doze constelações Zodiacais representam os doze meses, divididos em quatro estações, em solstícios e equinócios. A expressão Zodíaco está relacionada com o fato de as constelações serem representações personificadas por figuras ou animais.
O Sol com todo o seu poder criador e salvador foi sempre personificado como um criador único, ou seja, Deus. “Filho de Deus, “a luz do Mundo”, “o salvador da humanidade”“.
Igualmente as 12 constelações representam lugares de viagens para os Filhos de Deus, e foram identificados com nomes representativos por elementos da natureza que aconteciam nesses períodos de tempo, por exemplo, Aquário é um “Portador da Água” que traz as chuvas da primavera como estão representadas na seguinte imagem. 
Hórus é o Deus Sol do Egito por volta de 3000 AC, e a sua vida é uma série de mitos alegóricos que envolvem o movimento do sol no céu.
Hórus, sendo o Sol, ou a Luz, tinha como inimigo o Deus “Seth” e Seth era a personificação das trevas ou noite, e metaforicamente falando, todas as manhãs, Hórus ganhava a batalha contra Seth – quando ao fim da tarde, Seth conquistava Hórus e o enviava para o mundo das trevas.
Será importante frisar que “Trevas vs. Luz” ou “Bem vs. Mal” tem sido uma dualidade mitológica omnipresente e que ainda hoje é utilizada a muitos níveis. No geral, a história de Hórus é a seguinte:
Hórus nasceu a 25 de Dezembro da virgem Isis-Meri. O seu nascimento foi acompanhado por uma estrela a Leste, que por sua vez, foi seguida por 3 Reis em busca do salvador recém-nascido. Aos 12 anos, era uma criança prodígio, e aos 30 anos foi batizado por uma figura conhecida por Anup e que assim começou o seu reinado.
Hórus tinha 12 discípulos e viajou com eles, fez milagres tais como curar os enfermos e andar sobre a água. Hórus também era conhecido por vários nomes tais como A Verdade, A Luz, o Filho Adorado de Deus, Bom Pastor, Cordeiro de Deus, entre muitos outros. Depois de traído por Tifão, Hórus foi crucificado, enterrado e ressuscitou 3 dias depois. Estes atributos de Hórus, originais ou não, aparecem representados em várias culturas mundiais, e em muitos outros deuses encontrados com a mesma estrutura mitológica.
Attis, da Phyrigia, nasceu da virgem Nana a 25 de Dezembro, crucificado, colocado no túmulo 3 dias depois, ressuscitou.


Krishna, Índia, nasceu da virgem Devaki com uma estrela no Ocidente a assinalar a sua chegada, fez milagres em conjunto com os seus discípulos, e após a morte, ressuscita.
Dionísio da Grécia nasce de uma virgem a 25 de Dezembro, foi um peregrino que praticou milagres tais como transformar a água em vinho, e é referido como “Rei dos Reis,” “Filho pródigo de Deus,” “Alpha e Ômega,” entre muitas outras coisas. Após a sua morte, ressuscitou.
Mithra, da Pérsia, nasceu de uma virgem a 25 de Dezembro, teve 12 discípulos e praticou milagres, e após a sua morte foi enterrado, e 3 dias depois ressuscitou, também era referido como “A Verdade,” “A Luz,” entre muitos outros. Curiosamente, o dia sagrado de adoração a Mithra era um Domingo (dia do Sol, Sunday em inglês).
O que importa salientar aqui é que “existiram” inúmeros salvadores, dependendo dos períodos, em todo o mundo, que preenchem estas mesmas características. A questão mantém-se:
Por que o nascimento de uma virgem?
E logo num 25 de Dezembro?
Por que a morte e a ressurreição após 3 dias?
Por que os 12 discípulos?
Analisaremos, portanto o mais recente dos Messias solares, Jesus Cristo:
Jesus Cristo nasceu da virgem Maria num 25 de Dezembro em Belém, e foi anunciado por uma estrela a Leste, que seria seguida por 3 reis magos para encontrar e adorar o salvador. Tornou-se pregador aos 12 anos, e aos 30 foi batizado por João Batista, e assim começou o seu reinado. Jesus teve 12 discípulos com quem viajou praticando milagres tais como curar pessoas, andar na água, ressuscitar mortos, e também foi conhecido como o “Rei dos Reis,” o “Filho de Deus,” a “Luz do Mundo,”, “Alpha e Ômega,”, “Cordeiro de Deus,” e muitos outros. Depois de traído pelo seu discípulo Judas e vendido por 30 pratas, foi crucificado, colocado num túmulo, 3 dias depois ressuscitou e ascendeu aos céus.
1º- A sequência do nascimento é completamente astrológica, a estrela no horizonte Leste é Sirius, a estrela mais brilhante no céu noturno, que, a 24 de Dezembro, alinha-se com as 3 estrelas mais brilhantes no cinturão de Orion, estas 3 estrelas são chamadas hoje como também eram chamadas então: “3 Reis”. Os 3 Reis e a estrela mais brilhante, Sirius, todas apontam para o nascer do sol no dia 25 de Dezembro. Esta é a razão pela qual os Três Reis “seguem” a estrela a Leste, numa ordem para se direcionarem ao Nascer do Sol.
2- A Virgem Maria é a constelação Virgem. Em Latim é Virgo. O antigo símbolo para Virgo é um “m” alterado. Isto explica porque o nome de Maria tal como outras progenitoras virgens, como a mãe de Adônis, Mirra, ou a mãe de Buda, Maya, começa com um M. Virgo (Constelação de Virgem) também é referido como a “Casa do Pão”, e a representação de Virgo é uma virgem a segurar um feixe de espigas de trigo. Esta “casa do Pão” e seu símbolo das espigas de trigo representam Agosto e Setembro, altura das colheitas. Por sua vez, Belém, é a tradução à letra de “A Casa do Pão”. Bethlem é também a referência à constelação de Virgem, um lugar no Céu, não na Terra.
3- Outro fenômeno muito interessante que ocorre a 25 de Dezembro é o solstício de Inverno. Entre o solstício de Verão ao solstício de Inverno, os dias tornam-se mais curtos e frios. O sol move-se para sul e aparentemente fica menor e fraco, ocorre o encurtamento dos dias e o fim das colheitas conforme se aproxima o solstício de Inverno simbolizando a morte do sol.
No 22º dia de Dezembro, o falecimento do SOL está completamente realizado. O sol, tendo se movido continuamente para o sul durante 6 meses, atinge o seu ponto mais baixo no céu. Aqui ocorre uma coisa curiosa: o Sol parece aparentemente, deixar de se movimentar para o sul, durante 3 dias. Durante estes 3 dias, o Sol se encontra nas redondezas da Constelação de Cruzeiro do Sul, Constelação de Crux ou Alpha Crucis.
Depois deste período a 25 de Dezembro, o Sol move-se, desta vez para norte, criando a perspectiva de dias progressivamente mais longos, o calor e a Primavera. E assim se diz: que o Sol morreu na Cruz, (constelação de Crux) Esteve morto por 3 dias, apenas para ressuscitar ou nascer uma vez mais.
Esta é a razão pela qual Jesus e muitos outros deuses do Sol partilham a ideia da crucificação, morte de 3 dias e o conceito da ressurreição. É o período de transição do Sol antes de mudar seu sentido para o Sul e dirigir-se ao Norte trazendo ao Hemisfério Norte a Primavera e assim: a salvação.
Todavia, eles não celebram a ressurreição do Sol até o equinócio da Primavera, ou Páscoa. Isto é porque no Equinócio da Primavera, o Sol domina oficialmente o Mal, as Trevas, assim como o dia se torna progressivamente maior que a noite, e o revitalizar da vida na Primavera emerge.
Agora, provavelmente a analogia mais óbvia de todas neste simbolismo astrológico são os 12 discípulos de Jesus. Eles são simplesmente as 12 constelações do Zodíaco, com que Jesus, sendo o Sol, viaja. De fato, o número 12 está sempre presente ao longo da Bíblia. Este texto está mais relacionado com a astrologia do que com outra coisa qualquer.
4- Voltando à Cruz do Zodíaco, o elemento figurativo da vida é o Sol, isto não era uma mera representação artística ou ferramenta para seguir os movimentos do Sol. Era também um símbolo espiritual Pagão. O Sol não é um símbolo do Cristianismo. É uma adaptação Pagã da cruz do Zodíaco. Esta é a razão pela qual Jesus nas primeiras representações era sempre mostrado com a sua cabeça na cruz, ““Jesus é o Sol”, “Filho de Deus”, “a Luz do Mundo”, “o Salvador a erguer-se, que “renascerá,” assim como o faz todas as manhãs”, “a Glória de Deus que defende contra as Forças das Trevas, assim como “renasce” a cada manhã”, e que pode ser “visto através das nuvens,” “Lá em Cima no Céu,” com a sua “Coroa de Espinhos,” raios de sol”.
5- Agora, nas muitas referências astrológicas na Bíblia, uma das mais importantes tem a ver com o conceito de “Eras”. Através das escrituras há inúmeras referências ao termo “Era”. Para compreender isto, precisamos primeiro estar familiarizados com o fenômeno de precessão dos Equinócios. Os antigos Egípcios assim como outras culturas antes deles, reconheceram que aproximadamente de 2150 em 2150 anos, o nascer do Sol durante o Equinócio da Primavera, ocorria numa diferente constelação do Zodíaco. Isto tem a ver com a lenta oscilação angular que a Terra possui enquanto roda sobre o seu eixo.
É chamado de precessão porque este eixo caminha para trás nas constelações, em vez de cumprir o seu ciclo anual normal. Este ciclo completo é chamado também de “Grande Ano“, e algumas civilizações ancestrais conheciam-no bem. Referiam-se a cada ciclo de 2150 anos como uma “Era” ou “Eon”.
De 4300 A.C. a 2150 A.C., foi a “Era do Touro”.
De 2150 A.C. a 1 D.C., foi a “Era de carneiro”-
E de 1 D.C. a 2150 D.C. é a “Era de Peixes”, a Era em que permanecemos nos dias de Hoje.
E por volta de 2150, entraremos na nova Era. A era de Aquarius. Agora, a Bíblia refere-se, por alto, ao movimento simbólico durante 3 Eras, quando se vislumbra já uma quarta.
Numa altura em que todos ouvimos falar sobre o fim do mundo, a espinha dorsal desta ideia surge em Mateus 28:20, onde Jesus diz: “Eu estarei convosco até ao fim dos Séculos (em Português)”contudo, na tradução Inglesa da Bíblia, aparece a palavra “world”, Enquanto a palavra realmente usada era “Aeon“, que significa “Era“. “Eu estarei convosco até ao fim da Era”. O que no fundo é verdade, Jesus como personificação Solar de Peixes irá ser substituído quando o Sol entrar na Era de Aquário. Este conceito de fim do mundo é uma interpretação errada desta alegoria astrológica.
6- As semelhanças entre Hórus e Jesus são flagrantes, por exemplo, Hórus é a segunda pessoa na Santa Trindade Egípcia, o “Filho”, que é Jesus, é a segunda pessoa na Santa Trindade Cristã. Ambos são conhecidos por Krst/Cristo, ambos são Messias de um Deus-Sol, nascidos de uma de Virgens Ísis-Meri e Maria, ambos foram presenteados por três Reis, ambos foram crianças-prodígio aos 12 anos, ambos foram batizados aos 30 anos de idades, ambos fizeram milagres, ambos tinham 12 discípulos, ambos disseram o que é o Caminho, a Verdade e a Vida, ambos foram traídos por um dos seus discípulos Tifão/Judas, ambos foram considerados Reis, Hórus foi o Rei dos Egípcios/ Jesus, Rei dos Judeus, ambos previram as suas mortes, ambos foram crucificados e ambos ressuscitaram 3 dias depois da Morte.
7- Sobre o nascimento de Moisés, diz-se que ele foi colocado numa cesta de cana e lançado ao rio para evitar um infanticídio. Ele foi mais tarde salvo pela filha dum Rei e criado por ela como um Príncipe. Esta história do bebé numa cesta foi retirada do mito de Sargão de Akkad por volta de 2250 A.C. Depois de nascer, Sargão, foi posto numa cesta de rede para evitar um infanticídio e lançado ao Rio. Foi depois salvo e criado por Akki, uma esposa da realeza Acádia (Mesopotâmia). Além disso, Moisés é conhecido como Legislador, Portador dos Dez Mandamentos da Lei Mosaica. Contudo, a ideia de a Lei ser passada de um Deus para um profeta numa montanha é também antiga.
Moisés é somente um dos legisladores numa longa linha de legisladores na história mitológica. Na Índia, Manou foi o grande Legislador. Na ilha de Creta, Minos ascendeu ao Monte Ida, onde Zeus lhe deu as Leis Sagradas. Enquanto no Egpto Moisés, tinha nas suas pedras tudo o que Deus lhe disse.
Manou, Minos e Moisés no que diz respeito a estas Dez Ordens, foram retiradas a papel químico do “Feitiço 125 do Livro dos Mortos” do Antigo Egito. O que é que o Livro dos Mortos dizia?
“Eu Nunca Roubei” tornou-se “Tu nunca roubarás”
“Eu nunca Matei” tornou-se “Nunca Matarás”
“Eu Nunca Menti” tornou-se “Nunca levantarás falsos testemunhos”… e por aí adiante.
A religião Egípcia é no fundo a base fundamental para a teologia Judaico-Cristã. Batismo, Vida após a morte, Julgamento Final, Imaculada Concepção, Ressurreição, crucificação, a arca da Aliança, circuncisão, salvadores, comunhão sagrada, o Dilúvio, Páscoa, Natal, a Passagem, e muitas outras coisas e atributos são mitos Egípcios e pré-egípcios nascidos muito antes do Cristianismo ou do Judaísmo.
A Bíblia é um híbrido literário astro-teológico que relata a vida de um Messias enviado por um Deus-Sol designado por Christus ou Cristo que na realidade não é um nome mas sim uma titulação que significa “O Escolhido”, como todos os mitos religiosos dos que o antecederam e possivelmente dos seus sucessores.

Adaptação de: Zeitgeist, the Movie, Peter Joseph. 2007.

domingo, 25 de dezembro de 2016

SOLSTÍCIO DE INVERNO - O NATAL

Há milhares de anos a humanidade festeja o nascimento do sol como sendo o acontecimento mais importante da Terra.
O chamado Solstício de Inverno acontece anualmente no período que varia de 22 a 25 de dezembro, dependendo do ciclo solar de cada ano.
Muitas adaptações e más interpretações históricas foram realizadas por nossa civilização, com bases nessa data tão importante de dezembro.
A comemoração do solstício de inverno foi totalmente modificada e readaptada pelo Império Romano e as gerações subsequentes e esse Império. Foi em Roma que o solstício passou a ser conhecido como sendo a data fixa do nascimento de Jesus, e não mais do Sol, filho da Luz. Foi no ano de 336 de nossa era, que o Imperador Romano Constantino I, aproveitando os festejos do solstício da luz, anunciou para os povos do império a nova religião de Roma e contou a historia de seu salvador. Essa religião tomou como base para sua formação, muitas das valiosas e preciosas informações mais antigas. O nascimento de Jesus na mesma data do nascimento do sol foi uma dessas adaptações feitas para a nossa era. Roma simplesmente usou uma data que já existia como festejo tradicional dos povos e criou um novo motivo para as pessoas de todas as religiões continuarem comemorando.
Desde que Roma modificou os motivos dos festejos, o solstício perdeu o seu significado real e com o tempo, este festejo passou a ser comemorada como o "Nascimento de Jesus", essa data que hoje conhecemos como Natal.
Foi a partir dos significados místicos e das informações sagradas deixadas pelas antigas civilizações, que o Império de Roma construiu as bases de sustentação para a formação de sua religião, até então inexistente. Com as informações sagradas, foi mais fácil tornar possível a modificação das "historias" sobre o nascimento, crucificação e ressurreição de Jesus o Cristo.
Baseando-se nos escritos antigos encontrados no Egito, nas escolas iniciativas antepassadas e nos templos sagrados, que os ministros de Roma elaboraram uma religião para o até então império pagão. Roma era um império que recolhia taxas dos territórios ocupados pelo Imperador e não um império religioso. Roma era uma potencia de guerra que implantava um poderoso comercio financeiro entre os povos. Até Constantino I, Roma deixava os territórios ocupados livres para praticarem suas religiões, depois de Constantino, Roma passou a ser conhecida como sede da religião Católica Apostólica Romana.

Stonehenge 3100a.C., Inglaterra

Muitas das informações sobre o nascimento da luz pela virgem mãe na Terra, sobre os seres de luz que estavam na Terra, sobre os mestres que curavam, andam sobre as águas e ressuscitavam. Quase todas as informações verdadeiras foram recolhidas pelo império. Foram interpretadas e readaptadas pelos teólogos do imperador com o intuito de formatar uma religião única para o Império.
O solstício de inverno era uma data comemorada por todos os povos de todas as religiões, pois se tratava do nascimento do novo ciclo do sol sob a Terra. Essas informações do solstício ainda estão registradas nas paredes dos monumentos egípcios e nos registros de muitas outras religiões. O solstício também estava registrado nas antigas escrituras sagradas e em muitos livros que foram destruídos e queimados pelo Império Romano.
Quem estudar com mais atenção e consciência, irá ver claramente como que o império Romano adaptou, modificou e aproveitou as datas comemorativas que já existiam, para reescrever a própria historia.
É sabido também, que aquele que chamam de Jesus Cristo (seu verdadeiro nome de fato não importa), não nasceu em 25 de dezembro como dizem os "boatos"... Nem na própria bíblia existe a data correta deste suposto nascimento. Segundo a bíblia, esse ser sem registros nasceu em algum momento entre março e abril, no ano de 7 Antes de Cristo (antes dele mesmo)... Ou algo parecido...
Foi através da formação do que ficou registrado em Roma como o concilio de Niceia, concilio formado por 800 dos mais sábios ministros de Roma, que Roma mudou toda a história da humanidade. Esse concílio foi criado pelo império Romano no ano de 325 com o intuito de criar uma religião oficial para o império. Roma elaborou não somente um novo calendário para o mundo, como também mudou o rumo da humanidade. Foi a partir do controvertido livro religioso criado pelo concilio de Niceia, que perdemos completamente a consciência de quem de fato somos. Essas confusões foram e é motivo de muitas guerras que ainda acontecem no mundo. Atualmente são mais de 2700 diferentes religiões que interpretam a bíblia de formas contrarias a Roma.
A bíblia demorou 4 anos para ser escrita e elaborada e nela estão reunidas muitas informações sagradas, porem essas mensagens e códigos estão misturados com informações manipuladas pelas mentes mais dominadoras.
Se esse livro não tivesse sido elaborado e o império não tivesse recolhido e destruído as informações sagradas, tudo seriam muito mais simples e fácil de ser entendido por todos agora.
Não há mistérios na vida, a não ser que se criem segredos...
As civilizações mais antigas consideravam o Sol como sendo o filho da luz, a luz para aqueles povos representava Deus em vida.
Entre os druidas, por exemplo, o solstício era comemorado como o dia da fertilidade. Muitas virgens escolhiam essa data para perderem sua virgindade e muitas mulheres tentavam engravidar no mesmo dia do nascimento do sol.
Na astrologia esta data do solstício é reconhecida como o dia em que o sol atinge o seu grau mínimo de luminosidade na Terra. Por esse motivo, os maristas e filósofos chamam esse dia de dia do renascimento da luz... Depois do dia 22 de dezembro, o sol renasce e recomeça o seu ciclo em torno do planeta.
Os Egípcios festejavam o solstício com rituais de magia que envolvia os cultivos de sementes e as fecundações...
Os Maias elaboraram um perfeito calendário usando o solstício como o inicio do ciclo do sol e da lua na Terra... Nos períodos de 22 de dezembro e 21 de junho, a radiação do sol na Terra atinge o seu momento máximo e os Maias projetaram esses ciclos num calendário que vai até o dia 22 de dezembro de 2012.
O império Romano utilizou de uma inteligente maléfica, optando em utilizar essas informações sobre o nascimento da luz, para anunciar o nascimento de Jesus o Cristo na mesma data também. Foi muito fácil mudar apenas o motivo das comemorações.
Quando juntamos as peças da historia, percebemos mais claramente os motivos e as intenções dos que manipularam as informações.
Os povos que habitavam as Américas, não festejavam o solstício de inverno em dezembro porque o sol atua diferente na área das Américas. Os incas mais antigos e os indígenas comemoravam o solstício de inverno no dia 21 de junho e o solstício de verão no dia 22 de dezembro.
As comemorações chamadas natalinas que nossa civilização festeja em dezembro, só foram exportadas para as Américas na época da catequização indígena pelos jesuítas.
As comemorações natalinas se tornaram a maior oportunidade de negócios do mundo... Tanto religiosamente quando economicamente falando, essa historia de colocar o nascimento de Jesus na mesma época das comemorações do nascimento do sol, rende até os dias de hoje para o império Romano, para a indústria que foi criada a partir das taxações de impostos e para o comercio da fé, alguns trilhões de dólares em moeda e em doações enérgicas humanas.
E se não tivéssemos mais Natal?
E se voltássemos a comemorar o solstício da luz como era comemorado em nosso esquecido passado?
Alegria, danças, frutas, flores, amigos, amores... Da luz do sol a luz da lua, assim se comemorava o nascimento da vida.
A partir deste ano, não festejarei mais o convencional natal. Essa é mais uma algema que me livro nesta vida! Comemoro sim, o renascimento da vida todos os dias.
Sem religiões, sem rituais, sem regras e sem condições sociais, no dia 22 de dezembro vamos festejar novamente o renascimento do sol e saldar incondicionalmente esse novo ciclo da luz que se inicia na Terra.
Esse novo ciclo será muito valioso para nós. Estejam prontos para a vida.


Fonte: Evelyn Levy Torrence e adaptação J.Carlos Ribeiro

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Serra da Capivara Revela História do Homem nas Américas

Arqueóloga Niède Guidon
Com mais de 120 mil hectares de cânions, grutas, falésias e o rico bioma da caatinga, o Parque da Serra da Capivara e seu entorno abrigam 1.334 sítios arqueológicos (172 deles abertos a turistas), pinturas com 29 mil anos de história, paisagens que remontam ao período pré-cambriano (mais de 570 milhões de anos atrás) e um infindável cemitério de animais da megafauna: de seus terrenos são retiradas, periodicamente, ossadas de mastodontes, tigres-dente-de-sabre, preguiças gigantes (que tinham seis metros e até 700 quilos) e outras espécies extintas há milênios.
Pintura Rupestre

Museu e trilhas
Antes de entrar no parque, porém, é aconselhável que o forasteiro faça uma visita ao museu da Fundação do Homem Americano (Fundham), instituição da qual Niède é diretora e que preserva mais de 1 milhão de achados arqueológicos e paleontológicos da região. Com cerca de cem relíquias em exposição, o local é uma introdução perfeita para as andanças pela Serra da Capivara.
Lá estão, por exemplo, um crânio de quase 10 mil anos descoberto no Sítio dos Coqueiros, localizado dentro do parque. “É um crânio alongado, que pertenceu a um indivíduo que viveu nesta região”, conta Gisele Felice, arqueóloga da Fundham. “Ele é muito parecido com o crânio da Luzia [a mulher de 11 mil anos encontrada em Minas Gerais nos anos 1970] e é uma das principais atrações do acervo”.
O museu também preserva colares de 8.000 anos, ferramentas líticas de 9.000 anos e até fezes fossilizadas com quase quatro milênios. Também exibe urnas funerárias e explica como as populações que viveram na área enterravam seus mortos. 
Abastecido pelas informações encontradas no museu, o turista está pronto para suas incursões ao Parque Nacional. Os passeios devem ser feitos com um guia: os veículos saem da cidade de São Raimundo Nonato e, depois de 20 minutos, estão cruzando as trilhas semiáridas da Serra da Capivara, entre mandacarus, xiquexiques e juazeiros.
Novas teorias
Os resquícios de presença humana encontrados nesses lugares lançou uma nova possibilidade sobre a chegada do homem ao que hoje são as Américas. Uma das teorias mais aceitas diz que o homo sapiens entrou na região através do Estreito de Bering (entre os territórios atuais da Rússia e do Alasca) há cerca de 15 mil anos.
Entretanto, usando técnicas de datação pelo carbono 14 e por termoluminescência em suas investigações na Serra da Capivara, as equipes de Niède Guidon chegaram à conclusão de que a presença humana na área tem pelo menos 100 mil anos de história.
Nos sítios visitados pelos turistas foram descobertos restos de fogueiras, oficinas líticas, resquícios de aldeias, cerâmicas, discos polidos e machados lascados. São as pinturas, porém, que irão receber e encantar os visitantes. “Até hoje me impressiono com a qualidade dessas obras de arte”, diz o guia Giordano Macedo, olhando o paredão do Sítio do Meio. “Você pode enxergar movimento nas pinturas e aprender sobre diversos aspectos da vida dessas pessoas”.
Muitas das pinturas são narrativas: feitas principalmente com óxido de ferro, elas retratam figuras antropomórficas e zoomórficas em plena interação. Há duplas (e trios) fazendo sexo, homens conduzindo rituais, caçadores correndo atrás de animais, mulheres dançando e até um lindo casal dando um “selinho”.
O turista pode passar dias só explorando as obras de arte espalhadas pelo parque (o recomendável é que se reserve pelo menos quatro dias para percorrer a região, visto que os sítios estão a quilômetros de distância uns dos outros).
Mas, na Serra da Capivara, também vale a pena praticar um pouco de ecoturismo: os guias geralmente levam os turistas até locais que oferecem lindas visões da área, que esteve sob o mar em um passado distante, emergiu da água com o movimento das placas tectônicas e hoje exibe monumentos como a Pedra Furada (um dos principais cartões-postais da Serra da Capivara).
As caminhadas podem ser exaustivas, mas são altamente recompensadoras. Com o semiárido despovoado sob seus pés, o forasteiro se sente, mais do que nunca, como um explorador privilegiado de um mundo perdido.      
Fonte:
Marcel Vincenti, UOL
Fundham



domingo, 11 de dezembro de 2016

Vasos Canópicos


A mumificação eram os rituais funerários dos antigos egípcios. O termo vem de Canopo era nome de uma cidade costeira egípcia localizada na região do Delta do Nilo, perto da atual cidade de Alexandria. Os órgãos dos mortos eram removidos e preservados em vasos especializados conhecidos como canópicos. Retiravam o fígado, os pulmões, o estômago e os intestinos. Os egípcios não tiravam o coração, porque acreditavam que seria necessário no dia do julgamento. Cada órgão era envolto em linho coberto de óleo e colocado em um vaso separado e lacrado. Os tipos desses artefatos evoluíram ao longo da história egípcia.
Os tipos mais simples de vasos canópicos vieram do Império Antigo, que se estendeu de 2575 a.C. a 2130 a.C. Estes vasos não eram decorados , inscritos ou entalhados. Eles consistiam em peças simples, lisas com tampas planas. Conforme a era progrediu, as tampas evoluíram para os formatos de cúpula. Mais tarde, no Império Médio, entre 1938 a.C. e 1630 a.C., as tampas dos vasos canópicos eram esculpidas para se parecerem com cabeças humanas com rostos pintados.

Vasos Canópicos
A partir da 19ª dinastia até o fim do Império Novo, que durou de 1539 a 1075 a.C., os vasos canópicos evoluíram estilisticamente. Em vez de cabeças humanas, eram esculpidas imagens dos quatro filhos do deus Hórus. As mudanças nas práticas funerárias na 21ª até a 25ª dinastia levaram os egípcios a devolverem os órgãos embalsamados para o corpo antes da mumificação. Durante este tempo, 1075-664 a.C., uma imitação dos vasos canópicos era colocada na tumba do falecido. Esses simulacros se pareciam muito com os vasos do Império Novo. As tampas representavam imagens esculpidas dos filhos de Hórus, mas o corpo dos frascos não tinha uma cavidade interna.
Os retratos dos quatro filhos de Hórus são os tipos de tampa canópicos mais facilmente reconhecidos. Acreditavam que estes deuses padroeiros vigiavam e protegiam os órgãos internos do falecido. A cabeça esculpida em cada vaso também era utilizada para identificar qual órgão guardava. Aquele que continha os pulmões tinha a cabeça de um babuíno, também conhecido como Hapi. O frasco com a cabeça de falcão era o deus patrono Kebehsenuef e guardava os intestinos. O estômago era colocado no vaso com a cabeça de chacal, também conhecido como Duamutef. Finalmente, o fígado era posto dentro no com a cabeça de um homem, representando o deus Imseti.
Os tipos de vasos canópicos estavam disponíveis em diversos materiais, incluindo calcita, madeira, pedra, cerâmica, bronze, alabastro e ouro. Os ricos tinham vasos feitos de compostos de melhor qualidade. Os materiais mais baratos eram usados ​​para os menos afortunados. Assim como os tipos de vasos mudaram ao longo do tempo, o mesmo aconteceu com sua decoração. O que começou como simplesmente decorado evoluiu para uma escultura elaborada, entalhada, pintada e inscrita no corpo dos vasos. As decorações representavam tipicamente imagens dos deuses. Há também variações quanto ao tamanho dos vasos. O gargalo era tipicamente entre 12 e 25 cm de diâmetro.

Fonte: 
Casandra MaierTipos de Vasos Canópicos, 2013.
Rosalie David, Religião e magia no Antigo Egito, Ed. Difel, Rio de Janeiro, 2002