domingo, 20 de abril de 2014

Revendo Fatos Históricos: O Cristianismo e a Bíblia

“Muitos fizeram comércio de ilusões e falsos milagres, enganando os ignorantes”
Leonardo Da Vinci
A Bíblia foi criada pelo homem como um relato histórico de uma época conturbada, e ela se desenvolveram através de incontáveis traduções, acréscimos e revisões. Portanto, o que se encontra na Bíblia não são palavras sagradas e sim um monte de regras de valores éticos para tentar colocar ordem em Roma. A história nunca teve uma versão definitiva do livro. É como se a Bíblia fosse um livro mitológico repleto de lições de moral por trás das diversas histórias encontradas nela. Porém a maioria dos fiéis toma a Bíblia como verdade e acreditam nas histórias absurdas contidas no livro. A verdade por trás da Bíblia, poucos sabem. E este era o objetivo da Igreja Católica. Esconder a verdade dos fiéis.

Antigo manuscrito grego do Novo Testamento
Jesus foi uma figura histórica de uma influencia incrível, talvez o mais enigmático e inspirador líder que o mundo jamais teve. Interessante dizer que sua vida foi registrada por milhares de seguidores em toda a região. Foram estudados mais de 80 evangelhos para compor o Novo Testamento, e, no entanto apenas alguns foram escolhidos: Mateus, Marcos, Lucas e João.

Pode-se dizer que o responsável pela criação da Bíblia foi o imperador romano, Constantino, o Grande. Constantino foi pagão a vida inteira, batizado apenas na hora da morte. Vale lembrar que na época de Constantino, a religião oficial de Roma era o culto de adoração ao Sol – o culto do Sol Invictus, ou do Sol Invencível -, e o imperador supramencionado era o sumo sacerdote.

Jesus em referência ao deus sol
Entretanto, Roma estava passando por um momento crítico em relação à religião. Nessa época estava ocorrendo uma revolução religiosa. Trezentos anos após o tempo de Jesus, seus seguidores haviam se multiplicado, resultando em uma luta entre cristãos e pagãos. O conflito chegou ao ponto de dividir Roma ao meio, levando Constantino a tomar uma atitude. O imperador, em 325 d.C. resolveu unificar Roma sob uma única religião: o cristianismo. Constantino utilizou várias estratégias para converter os pagãos adoradores do Sol em cristãos: fundindo símbolos, datas, rituais pagãos com tradição cristã em ascensão, ele gerou uma espécie de religião híbrida aceitável para ambas as partes. Ou seja, sincretismo.

Imperador Constantino o Grande
Os vestígios da religião pagã na simbologia cristã são inegáveis. Os discos solares egípcios tornaram-se as auréolas dos santos católicos. Os pictogramas de Ísis dando o seio a seu filho Hórus milagrosamente concebido tornaram-se a base para nossas modernas imagens de Virgem Maria com o Menino Jesus no colo. E praticamente todos os elementos do ritual católico – a mitra, o altar, a doxologia e a comunhão, o ato de “comer Deus”, por assim dizer – foram diretamente copiados de religiões pagãs místicas mais antigas.

Pode-se, portanto, concluir que nada é original no cristianismo, não existindo nem sequer um simbologista especializado em símbolos cristãos.
O Deus pré-cristão Mitra – chamado o Filho de Deus e a Luz do Mundo– nasceu no dia 25 de dezembro. Até mesmo o dia santo semanal dos cristãos foi roubado dos pagãos. Originalmente a cristandade celebrava o sabá judeu no sábado, mas Constantino mudou isso de modo que a celebração coincidisse com o dia em que os pagãos veneram o Sol. Até hoje, a maioria dos cristãos guardam o domingo sem fazer a menor idéia de que o domingo é um tributo semanal ao deus Sol, e por isso em inglês o domingo é chamado de Sunday, “dia do Sol” (Brown – 2004).

Poderoso símbolo do Mitraísmo (British Museum, London)
Para cristalizar a nova tradição cristã, Constantino criou o Concílio de Nicéia, que consistia em uma reunião ecumênica. Durante essa reunião muitos aspectos foram debatidos e receberam votação, como a data da Páscoa, o papel dos bispos e a administração dos sacramentos, “além, naturalmente, dadivindade de Jesus”.

Para conseguir unificar novamente o Império Romano e para lançar as bases do novo poderio do Vaticano, bastava declarar Jesus, o homem que todos veneravam, como um homem de origem divina. Deste modo, todos seguiriam suas palavras, até das mais absurdas, elaboradas por Constantino e o Concílio.
Concilio de Niséia ano 325 d.C.
Constantino, ao declarar oficialmente Jesus como “Filho de Deus”, transformou-o em uma divindade utópica, que existia além do alcance do mundo humano, cujo poder era incontestável. Ninguém poderia questionar suas palavras divinas, apenas obedecê-las. Cegos pela ignorância, os romanos passaram a seguir fielmente as palavras de Jesus elaboradas pelo Imperador e seu Concílio.

Isso não só evitava mais contestações pagãs à cristandade, como os seguidores de Jesus  poderiam se redimir através do canal sagrado estabelecido – a Igreja Católica Romana. Tudo não passou de uma disputa de poder. Cristo, como Messias, era fundamental para o funcionamento da Igreja e do Estado. Muitos estudiosos alegam que a Igreja Católica Romana literalmente roubou Jesus de seus seguidores originais, sufocando sua mensagem humana ao envolvê-la em um manto impenetrável de divindade e usando-a para expandir seu próprio poder (Brown - 2004).
Constantino aproveitou que todos respeitavam e veneram Cristo, e o usou para conseguir colocar ordem em Roma novamente. Para conseguir manter seu poder, utilizou como base algumas palavras de Jesus e construiu a Bíblia, resultando em um livro onde se encontra o que seria o certo e o errado segundo a ótica do Imperador. Pode-se dizer que “Constantino moldou a face da cristandade como a conhecemos hoje em dia”, diz Brown (2004).
Porém há milhares de documentos contendo crônicas da vida de Jesus como um homem mortal, pois Constantino o nomeou como divindade quase quatro séculos após o tempo de Jesus. A Bíblia feita por Constantino “omitia os evangelhos que falavam do aspecto humano de Cristo e enfatizada aqueles que o tratavam como divino. Os evangelhos anteriores foram considerados heréticos, reunidos e queimados”, aponta Brown (2004).

Convém dizer que a pessoa era considerada herege ao escolher os evangelhos proibidos ao invés da Bíblia Constantino. Neste momento da história surgiu, portanto, a palavra herege. Como diz Brown (2004): “A palavra latina hereticus significa “escolha”. Aqueles que “escolheram” a história original de Cristo foram os primeiros hereges do mundo.”

Entretanto, para a felicidade de alguns historiadores, conseguiu-se preservar alguns evangelhos que Constantino tentou extinguir. Em 1945 foram encontrados manuscritos coptas em Nag Hammadi, Egito. Também foram encontrados no deserto da Judéia na década de 50 os Manuscritos do Mar Morto em uma caverna perto do Qumran.

Além de contarem a verdadeira história do Graal, esses documentos falam do mistério de Cristo em termos muito humanos. Naturalmente, o Vaticano, mantendo sua tradição de enganar os fiéis, tentou com todas as forças evitar que esses manuscritos fossem divulgados. E por quê? Acontece que os manuscritos apontam certas discrepâncias e invencionices históricas, confirmando claramente que a Bíblia moderna foi compilada e revisada por homens com um objetivo político – promover a divindade do homem Jesus Cristo e usar Sua influência para solidificar a própria base de poder desses mesmos homens (Brown – 2004).
Pode-se dizer que o Clero dos dias atuais acredita que esses documentos que contradizem a divindade de Jesus são um falso testemunho. Para ele, a Bíblia de Constantino sendo foi verdadeira. “Não há ninguém mais doutrinado do que o próprio doutrinador” (Brown - 2004).
E sim, resgatem os segredos escondidos nas entrelinhas da história da humanidade! – afirmo.
Pode-se concluir que o cristianismo é a religião que teve a criação mais impura e falsa de todos os tempos. Sua criação não passou de uma estratégia para obter poder. Porém, vale lembrar-se dos verdadeiros atos e as verdadeiras palavras de Jesus; o que este homem quis nos passar é o importa. É importante enxergar além daquilo que está ao nosso alcance. Às vezes, as belas verdades estão no mais fundo esconderijo, e poucos conseguem vê-la. Pessoas, em sua maioria, dominadas pela preguiça e cegas pelo padrão que lhe é imposto, raramente conseguem despertar uma vontade de buscar o que realmente aconteceu e adotar uma nova ótica. O comodismo domina os humanos de tal forma, que a vida que levam rodeadas de mentiras, é bela mesmo assim. Mas nada como ver além do horizonte coberto de invencionices!







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