domingo, 3 de julho de 2016

Akhenaton o pai do monoteísmo



Muitas pessoas pensam que Moisés foi o primeiro promotor original do Único Deus Verdadeiro.

Busto de Akhenaton
Os egípcios eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses, alguns representados por cabeças de animais. Cada cidade tinha seus deuses particulares e, quando se tornava capital do Império, esses deuses passavam a ser adorados em todo o Egito. Com Akhenaton, porém, tudo mudou. Para ele, existia somente um deus, o disco solar. O Athon.
Akhenaton insistia em um deus supremo, um criador onipotente que se manifestava à luz do Sol. Na verdade, esse pensamento de endeusamento havia começado com seu pai, Amenofis III, que reinou por 37 anos numa era de esplendor. Usou ele a riqueza do império para construir um conjunto de monumentos sem precedentes em Karnack e Luxor, centros religiosos do deus Amon, o patrono de Tebas. Depois que essa cidade recuperou o controle do Egito, por volta de 1520 a.C., Amon tornou-se cada vez mais venerado. Seu nome significa “oculto” e, no seu templo em Karnack, sacerdotes cultuavam sua estátua. Amon logo se fundiu ao antigo deus-sol  Rá, tornando-se Amon-Rá. Em seu reinado, Amenófis III, já havia determinado que ele não só era o filho de Amon, mas também a encarnação de Rá. Começou então a erigir monumentos à sua própria divindade, incluindo um vasto templo funerário, que contemplava Tebas da margem oposta do Nilo. Espelhando-se em seu pai, Akhenaton revolucionou a religião antiga. Por um breve período, os egípcios acreditaram que o deus-sol voltará a Terra na forma da família real. Houve um entusiasmo coletivo que se torna tangível na arte e na arquitetura. Todo o país celebrou aquela volta. Foi um dos períodos mais admiráveis da historia egípcia.
A idéia do deus único e universal foi se tornando cada vez mais consistente para Akhenaton. Com sabedoria e coragem, ele foi dando passos firmes para a construção de seu propósito. Era preciso materializar a idéia. Durante o quarto ano de seu reinado, Akhenaton definiu o local onde seria erguida uma nova cidade, um santuário para Athon. Sua escolha não se deu ao acaso, mas dentro de todo um simbolismo coerente com a nova doutrina. 
A cidade tinha que ser chamada Tell el Amarna que significa O Horizonte de Athon, portanto, A Cidade do Sol. Estava localizada perto do Nilo, portanto, perto da linha da vida do Egito e a meio caminho entre Mênfis e Tebas, ou seja, simbolicamente seria o ponto de equilíbrio entre o mundo material e o mundo espiritual.
A proclamação recebeu integral apoio do clero de Heliópolis. Amarna passava a ser a nova cidade teológica onde seria adorado um deus solar, único. Com a construção de Amarna, num local em que o homem jamais havia trabalhado, Akhenaton prova que não é um místico sonhador, mas alguém compromissado em construir seus ideais, disposto a fazer uma nova era de consciência de Deus. 

Sou Deísta



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