sábado, 22 de setembro de 2012

Ipê-Amarelo a Flor Nacional.


Ipê-Amarelo 
Contrariando a natureza, as flores do ipê desabrocham em dias secos e cinzentos de inverno. E é assim, antes mesmo do surgimento da nova folhagem, que elas anunciam a proximidade da Primavera.
Encontrado em todas as regiões do Brasil, o ipê sempre chamou a atenção de poetas, escritores e até de políticos. Em 1961, o então presidente Jânio Quadros declarou o pau-brasil a Árvore Nacional e o ipê-amarelo, a Flor Nacional.
Ipê é uma palavra de origem tupi, que significa árvore cascuda, e é o nome popular usado para designar um grupo de nove ou dez espécies de árvores com características semelhantes de flores brancas, amarelas, rosas, roxas ou lilás. No Norte, Leste e Nordeste do Brasil, são mais conhecidos como pau d’arco (os indígenas utilizavam a madeira para fazer arco e flecha); no Pantanal, como peúva (do tupi, árvore da casca); e, em algumas regiões de Minas Gerais e Goiás, como ipeúna (do tupi, una = preto). Na Argentina e Paraguai ele é conhecido como lapacho.
De forma geral os ipês ocorrem principalmente em florestas tropicais, mas também podem aparecem de forma exuberante no Cerrado e na Caatinga. A Tabebuia chrysotricha é uma das espécies nativas de ipê-amarelo que ocorre na Mata Atlântica, desde o Espírito Santo até Santa Catarina. Este nome científico (chrysotricha) é devido à presença de densos pêlos cor de ouro nos ramos novos.
Conhecidos por sua beleza e pela resistência e durabilidade de sua madeira, os ipês quase chegaram à extinção porque foram muito usados na construção de telhados de igrejas dos séculos XVII e XVIII. Se não fosse pelos ipês, muitas dessas construções teriam se perdido com o tempo.
A árvore do ipê amarelo podendo atingir até 30 metros de altura, o ipê em flor no meio da mata, contrasta com o verde das outras árvores. 
As variedades de pequeno e médio porte (8 a 10 metros) são ideais para o paisagismo e a arborização urbana. A coloração das flores produz um belíssimo efeito tanto na copa da árvore como no chão das ruas, formando um tapete de flores contrastantes com o cinza das cidades. 
Uma curiosidade. Em Porto Velho, um poste de luz sem vida que, estaticamente, cumpria apenas sua função imposta pelas necessidades humanas, encontrou uma maneira de readquirir sua existência. Criou raízes e floresceu!

Árvore-poste em Porto Velho

Nenhum comentário:

Postar um comentário